Bíblia: Livro Êxodo
- Ora estes são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito; entraram com Jacó, cada um com a sua família:
- Rúben, Simeão, Levi e Judá,
- Issacar, Zebulom e Benjamim,
- Dã e Naftali, Gade e Aser.
- Todas as almas que saíram da coxa de Jacó eram setenta. José, porém, já estava no Egito.
- Morreu José, e todos os seus irmãos e toda aquela geração.
- Depois os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se e fizeram-se fortes duma maneira extraordinária; e a terra ficou cheia deles.
- Entretanto se levantou sobre o Egito um novo rei que não conhecia a José.
- Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte que nós.
- Vinde, usemos de astúcia para com eles, para que não se multipliquem, e para que não aconteça que, havendo guerra, se unam com os nossos inimigos, pelejem contra nós e se retirem da terra.
- Portanto, puseram sobre eles feitores para com cargas os afligirem. E os israelitas edificaram para Faraó as cidades-armazéns, Pitom e Ramessés.
- Mas quanto mais os egípcios vexavam aos israelitas, tanto mais estes se multiplicavam e se espalhavam. Os egípcios aborreciam aos filhos de Israel,
- e os faziam servir com rigor;
- amarguravam-lhes a vida com serviços penosos de barro e de tijolos e de toda a sorte de trabalhos nos campos, com todas as suas tarefas, com que foram obrigados a servir com rigor.
- O rei do Egito falou às parteiras hebreias, das quais uma se chamava Sifrá, e a outra Puá;
- e disse: Quando servirdes de parteira às mulheres hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matá-lo-eis; mas, se for filha, deixá-la-eis viver.
- Mas as parteiras temeram a Deus, e não fizeram como lhes havia ordenado o rei do Egito, antes deixaram os meninos viver.
- Então o rei do Egito mandou chamar as parteiras e lhes perguntou: Por que tendes feito isso, e deixado os meninos viver?
- Responderam as parteiras a Faraó: Porque as mulheres hebreias não são como as egípcias; pois são vigorosas, e já dão à luz antes que a parteira chegue a elas.
- Fez Deus bem às parteiras; e o povo aumentou-se e tornou-se extraordinariamente forte.
- Porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes estabeleceu as casas.
- Ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem, lançá-los-eis no rio; mas a todas as filhas, deixá-las-eis viver.
- Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi.
- A mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
- Não podendo escondê-lo por mais tempo, tomou para ele uma arca de juncos, e betumou-a com betume e pez; e metendo na arca o menino, pô-la à beira do rio num carriçal.
- Sua irmã ficou de longe para ver o que lhe havia de acontecer.
- Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas criadas andavam passeando à beira do rio; vendo ela no carriçal a arca, mandou a sua criada buscá-la.
- Quando ela a abriu, viu a criança; e eis que o menino chorava. Tendo compaixão dele, disse: Este é um dos filhos dos hebreus.
- Então perguntou a irmã do menino à filha de Faraó: Queres que eu te vá chamar uma ama das hebreias, para que crie o menino para ti?
- Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Foi-se, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
- Então lhe disse a filha de Faraó: Toma este menino, e cria-mo, e eu te darei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou.
- Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou por filho, e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei.
- Por aqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a ter com seus irmãos, e para as suas cargas atentou; e viu um egípcio ferindo a um de seus irmãos hebreus.
- Olhou para uma e outra parte e, vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e escondeu-o na areia.
- Saiu no dia seguinte, e eis que dois hebreus estavam brigando; e perguntou ao que fazia a injúria: Por que feres ao teu próximo?
- Respondeu ele: Quem te constituiu a ti príncipe e juiz sobre nós? Pensas tu matar-me como mataste o egípcio? Temeu, pois, Moisés e disse: Sem dúvida já está isso conhecido.
- Ora, depois que Faraó soube disso, procurava matar a Moisés. Porém Moisés fugiu da presença de Faraó, e deteve-se na terra de Midiã; e sentou-se junto dum poço.
- O sacerdote de Midiã tinha sete filhas; vieram estas tirar água e encheram os tanques para dar de beber ao rebanho de seu pai.
- Então vieram os pastores, e as enxotaram; Moisés, porém, levantou-se, defendeu-as, e deu de beber ao rebanho delas.
- Tendo voltado à casa de seu pai Reuel, perguntou ele: Como é que voltastes tão cedo hoje?
- Responderam elas: Um egípcio livrou-nos das mãos dos pastores, e além disto tirou água e deu de beber ao rebanho.
- Replicou a suas filhas: Onde está ele? Por que é que deixastes lá o homem? Chamai-o para que coma pão.
- Moisés consentiu em morar com o homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora.
- Ela deu à luz um filho, a quem ele chamou Gérson, porque disse: Peregrino tenho sido numa terra estrangeira.
- No decorrer de muitos dias morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a escravidão, e por causa dela clamaram, e subiu a Deus o seu clamor.
- Ouviu-lhes Deus os gemidos, e lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó.
- Viu Deus os filhos de Israel, e os conheceu.
- Ora Moisés, apascentando o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã, levou-o para trás do deserto e veio a Horebe, monte de Deus.
- Apareceu-lhe o anjo de Jeová numa chama de fogo do meio duma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
- Disse, pois: Voltar-me-ei e verei esta grande visão, porque não se queima a sarça.
- Vendo Jeová que ele se voltou para ver, do meio da sarça chamou-o Deus e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui.
- Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa.
- Disse-lhe mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus.
- Então disse Jeová: Certamente tenho visto a aflição do meu povo que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus superintendentes. Conheço os seus sofrimentos,
- e desci para o livrar da mão dos egípcios e para o fazer subir daquela terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel; para o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu.
- Agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim; demais tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
- Vem tu, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires do Egito o meu povo, os filhos de Israel.
- Perguntou Moisés a Deus: Quem sou eu, para ir a Faraó e para tirar do Egito os filhos de Israel?
- Deus respondeu-lhe: Certamente eu serei contigo; isto te será por sinal de que eu te enviei: depois de haveres tirado do Egito o povo, servireis a Deus neste monte.
- Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais enviou-me a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? que lhes hei eu de responder?
- Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU; e acrescentou: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU enviou-me a vós.
- Mais disse Deus ainda a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Jeová, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, enviou-me a vós. É este o meu nome para sempre, e é este o meu memorial para todas as gerações.
- Vai-te e ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: Jeová, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó apareceu a mim, dizendo: Certamente vos tenho visitado e visto o que vos se tem feito no Egito;
- e tenho dito: Eu vos farei sair da aflição do Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel.
- E ouvirão a tua voz, e ireis, tu e os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: Jeová, o Deus dos hebreus, encontrou-nos. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios a Jeová nosso Deus.
- Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem mesmo por meio duma mão forte.
- Portanto, estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele; depois vos deixará ir.
- Eu darei graça a este povo aos olhos dos egípcios; e, quando sairdes, não saireis vazios.
- Mas cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda joias de prata, joias de ouro e vestidos; pô-los-eis sobre vossos filhos, e sobre vossas filhas, e despojareis aos egípcios.
- Respondeu Moisés: Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: Jeová não te apareceu.
- Perguntou-lhe Jeová: Que é isso que tens na tua mão? Respondeu-lhe: Uma vara.
- Continuou Jeová: Deita-a no chão. Ele deitou-a no chão, e ela se converteu em cobra; e Moisés fugiu dela.
- Então disse Jeová a Moisés: Estende a mão e pega-lhe pela cauda (estendeu ele a mão e pegou-lhe, e ela se tornou em vara na sua mão);
- para que creiam que te apareceu Jeová, o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.
- Disse-lhe mais Jeová: Mete a tua mão no teu seio. Quando a tirou, eis que a sua mão estava leprosa, tão branca como a neve.
- Torna a meter, disse Jeová, a tua mão no teu seio. (Tornou ele a meter a mão no seio; e, quando a tirou segunda vez, eis que havia tornado como o restante da sua carne.)
- Se não te crerem, nem ouvirem a voz do primeiro prodígio, crerão a voz do segundo prodígio.
- Se nem ainda crerem a estes dois prodígios, nem ouvirem a tua voz, tomarás da água do rio e a derramarás sobre a terra; a água que tirares do rio tornar-se-á em sangue sobre a terra.
- Disse Moisés a Jeová: Ah, Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem no tempo passado, nem ainda desde que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.
- Respondeu-lhe Jeová: Quem fez a boca do homem? Quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê ou o que não vê? Não sou eu, Jeová?
- Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar.
- Ele, porém, respondeu: Ah, Senhor! Rogo-te que envies aquele que tu hás de enviar.
- Acendeu-se a ira de Jeová contra Moisés, e disse: Não vive Aarão, teu irmão, o levita? Eu sei que ele pode falar bem. Eis que também te sai ele ao encontro e, vendo-te, se alegrará no seu coração.
- Tu, pois, lhe falarás e porás as palavras na sua boca; eu serei com a tua boca e com a sua boca, e vos ensinarei o que haveis de fazer.
- Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus.
- Tomarás na tua mão esta vara, com que hás de fazer os prodígios.
- Partindo Moisés, voltou para Jetro, seu sogro, e disse-lhe: Deixa-me ir e voltar a meus irmãos que estão no Egito, a ver se ainda vivem. Disse-lhe Jetro: Vai-te em paz.
- Disse também Jeová a Moisés em Midiã: Vai, volta para o Egito, porque são mortos todos os que procuravam tirar-te a vida.
- Tomou, pois, Moisés a sua mulher e a seus filhos; fê-los montar num jumento, e voltou para a terra do Egito. Moisés levava na sua mão a vara de Deus.
- Disse Jeová a Moisés: Quando te tornares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que te hei posto na mão; mas eu endurecerei o seu coração, e ele não deixará ir o povo.
- Dirás a Faraó: Assim diz Jeová: Israel é meu filho, meu primogênito.
- Eu te disse: Deixa ir meu filho, para que ele me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir: eis que eu matarei a teu filho, teu primogênito.
- Estando Moisés de caminho, numa estalagem, encontrou-o Jeová, e procurou matá-lo.
- Então Zípora tomou uma pedra, circuncidou o prepúcio de seu filho, e o lançou aos pés de Moisés, dizendo: Sem dúvida, tu és para mim esposo sanguinário.
- Assim Jeová o deixou. Ela disse: Esposo sanguinário és tu, por causa da circuncisão.
- Disse Jeová a Aarão: Vai ao deserto para te encontrares com Moisés. Ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou.
- Relatou Moisés a Aarão todas as palavras com que Jeová o havia enviado, e todos os prodígios que lhe havia mandado.
- Foram Moisés e Aarão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos de Israel;
- Aarão falou todas as palavras que Jeová havia dito a Moisés, e fez os prodígios à vista do povo.
- O povo creu; e, tendo ouvido que Jeová havia visitado os filhos de Israel e que tinha visto a aflição deles, inclinaram as suas cabeças e adoraram.
- Depois foram Moisés e Aarão e disseram a Faraó: Assim diz Jeová, o Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
- Respondeu Faraó: Quem é Jeová para que eu ouça a sua voz de modo a deixar ir a Israel? Não conheço Jeová, tampouco deixarei ir a Israel.
- Eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos, pois, ir caminho de três dias ao deserto, e oferecer sacrifícios a Jeová nosso Deus, para que não venha sobre nós com pestilência ou com espada.
- Respondeu-lhes o rei do Egito: Moisés e Aarão, por que distraís vós das suas obras ao povo? Ide às vossas cargas.
- Disse Faraó: O povo da terra já é muito, e vós os fazeis descansar das suas cargas.
- Naquele mesmo dia deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus oficiais, dizendo:
- Não tornareis a dar, como dantes, palha a este povo para fazer tijolos; vão eles mesmos e ajuntem para si a palha.
- Deles exigireis a mesma conta de tijolos, que antes faziam, e nada diminuireis dela; eles estão ociosos; e por isso clamam, dizendo: Vamos e ofereçamos sacrifícios a nosso Deus.
- Agrave-se-lhes o trabalho, para que nele se ocupem; não deem eles ouvidos a palavras mentirosas.
- Saíram os superintendentes do povo, e seus oficiais, e disseram ao povo: Assim diz Faraó: Não vos darei palha.
- Ide vós e ajuntai palha onde puderdes achá-la, porque nada se diminuirá do vosso trabalho.
- Assim se espalhou o povo por toda a terra do Egito a ajuntar restolho em lugar de palha.
- Os superintendentes instavam com eles, dizendo: Acabai a vossa obra, vossa tarefa diária, como quando havia palha.
- Foram açoitados os oficiais dos filhos de Israel, que os superintendentes de Faraó tinham posto sobre eles, dizendo-lhes estes: Por que não acabastes nem ontem nem hoje a vossa tarefa, fazendo tijolos como antes?
- Então foram os oficiais dos filhos de Israel e clamaram a Faraó, dizendo: Por que tratas assim a teus servos?
- Palha não se dá a teus servos, e nos dizem: Fazei tijolos. Eis que teus servos são açoitados; porém o teu povo é que tem a culpa.
- Mas ele respondeu: Estais ociosos, estais ociosos, por isso dizeis: Vamos, ofereçamos sacrifícios a Jeová.
- Ide, portanto, e trabalhai; não se vos dará palha, contudo dareis a conta dos tijolos.
- Então os oficiais dos filhos de Israel viram-se em aperto, quando se lhes dizia: Nada diminuireis dos vossos tijolos, da vossa tarefa diária.
- Encontraram a Moisés e Aarão, que estavam à espera deles, quando saíram da presença de Faraó;
- e disseram-lhes: Olhe Jeová para vós e julgue; porquanto nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó e aos olhos de seus servos, metendo-lhes na mão uma espada para nos matar.
- Tornando-se Moisés a Jeová, disse: Senhor, por que trataste mal a este povo? Por que me enviaste?
- Pois, desde que me apresentei a Faraó para falar em teu nome, ele tem maltratado a este povo; e tu não tens livrado de maneira alguma o teu povo.
- Disse Jeová a Moisés: Agora verás o que hei de fazer a Faraó; pois por mão poderosa os deixará ir, e por mão poderosa os lançará fora da sua terra.
- Falou mais Deus a Moisés e disse-lhe: Eu sou Jeová;
- e apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-poderoso; mas pelo meu nome Jeová não lhes fui conhecido.
- Estabeleci a minha aliança com eles, para lhes dar a terra de Canaã, a terra de suas peregrinações, na qual foram peregrinos.
- Também tenho ouvido o gemer dos filhos de Israel, aos quais os egípcios guardam em servidão; e lembrei-me da minha aliança.
- Pelo que dize aos filhos de Israel: Eu sou Jeová, e vos hei de tirar de debaixo das cargas do Egito, vos hei de livrar do seu jugo e vos hei de remir com braço estendido e com grandes juízos.
- Eu vos hei de tomar por meu povo, e hei de ser vosso Deus; e vós sabereis que eu sou Jeová vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios.
- E vos hei de introduzir na terra que jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e hei de dá-la a vós por herança; eu sou Jeová.
- Referiu Moisés isto aos filhos de Israel; porém não ouviram a Moisés por causa da angústia de espírito e por causa da dura escravidão.
- Então falou Jeová a Moisés:
- Entra, fala a Faraó, rei do Egito, que deixe sair da sua terra os filhos de Israel.
- Respondeu Moisés perante Jeová: Eis que os filhos de Israel não me têm ouvido; como, pois, me ouvirá Faraó a mim, que sou incircunciso de lábios?
- Falou Jeová a Moisés e a Aarão e deu-lhes mandamento para os filhos de Israel e para Faraó, rei do Egito, a fim de tirarem da terra do Egito os filhos de Israel.
- Estes são os cabeças das casas de seus pais: os filhos de Rúben, primogênito de Israel: Enoque, Palu, Hezrom e Carmi. Estas são as famílias de Rúben.
- Os filhos de Simeão: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar e Saul, filho de uma mulher cananeia. Estas são as famílias de Simeão.
- Estes são os nomes dos filhos de Levi segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari; e os anos da vida de Levi foram cento e trinta e sete anos.
- Os filhos de Gérson: Libni e Simei, segundo as suas famílias.
- Os filhos de Coate: Anrão, Jizar, Hebrom e Uziel; e os anos da vida de Coate foram cento e trinta e três anos.
- Os filhos de Merari: Mali e Musi. Estas são as famílias dos levitas segundo as suas gerações.
- Anrão tomou por mulher a Joquebede, irmã de seu pai; e ela lhe deu à luz Arão e Moisés; e os anos da vida de Anrão foram cento e trinta e sete anos.
- Os filhos de Jizar: Corá, Nefegue e Zicri.
- Os filhos de Uziel: Misael, Elzafã e Sitri.
- Arão tomou por mulher a Eliseba, filha de Aminadabe, irmã de Naassom; e ela lhe deu à luz Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
- Os filhos de Corá: Assir, Elcana e Abiasafe. Estas são as famílias dos coraítas.
- Eleazar, filho de Arão, tomou por mulher uma das filhas de Putiel; e ela lhe deu à luz Fineias. Estes são os cabeças dos pais dos levitas segundo as suas famílias.
- Estes são Arão e Moisés a quem disse Jeová: Tirai os filhos de Israel da terra do Egito segundo as suas turmas.
- Estes são os que falaram a Faraó, rei do Egito, a fim de tirarem do Egito os filhos de Israel: estes são Moisés e Aarão.
- No dia em que Jeová falou a Moisés na terra do Egito,
- disse Jeová a Moisés: Eu sou Jeová; fala a Faraó, rei do Egito, tudo o que eu te digo a ti.
- Respondeu Moisés na presença de Jeová: Eis que eu sou incircunciso de lábios; e como me ouvirá Faraó?
- Disse Jeová a Moisés: Vê que te hei posto como Deus a Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta.
- Tu falarás tudo o que eu te ordenar; e Arão, teu irmão, falará a Faraó, para que deixe ir da sua terra os filhos de Israel.
- Eu endurecerei o coração de Faraó, e multiplicarei os meus prodígios e as minhas maravilhas na terra do Egito.
- Porém Faraó não vos ouvirá, e eu porei a minha mão sobre o Egito e tirarei os meus exércitos, meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
- Saberão os egípcios que eu sou Jeová, quando eu estender a minha mão sobre o Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel.
- Assim fizeram Moisés e Arão; como Jeová lhes ordenara, assim fizeram.
- Moisés era de oitenta anos, e Arão de oitenta e três anos quando falaram a Faraó.
- Falou Jeová a Moisés e a Arão:
- Quando Faraó vos disser: Apresentai algum milagre vosso; então dirás a Arão: Toma a tua vara e lança-a diante de Faraó, para que se torne em serpente.
- Tendo entrado Moisés e Arão a Faraó, fizeram como Jeová lhes ordenara; lançou Arão a sua vara diante de Faraó e diante de seus servos, e tornou-se ela em serpente.
- Faraó também mandou vir os sábios e os feiticeiros; e eles, os sábios do Egito, também fizeram o mesmo com os seus encantamentos.
- Pois lançaram cada um deles a sua vara, as quais se tornaram em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles.
- Endureceu-se o coração de Faraó, e não os ouviu; como Jeová havia dito.
- Disse Jeová a Moisés: Obstinou-se o coração de Faraó, recusa deixar ir o povo.
- Vai ter com Faraó pela manhã. Eis que ele sairá às águas: pôr-te-ás em frente dele à beira do rio, e tomarás na mão a vara que se tornou em serpente.
- Dir-lhe-ás: Jeová, o Deus dos hebreus, me enviou a ti para te dizer: Deixa ir o meu povo para que me sirva no deserto; e até o presente não tens ouvido.
- Assim diz Jeová: Nisto conhecerás que sou Jeová: eis que com a vara que tenho na mão ferirei as águas que estão no rio, e elas se converterão em sangue.
- Os peixes que estão no rio morrerão, e o rio cheirará mal; e os egípcios terão nojo de beber água do rio.
- Acrescentou Jeová a Moisés: Dize a Aarão: Toma a tua vara, e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre os seus rios, sobre os seus canais, sobre as suas lagoas e sobre todos os seus depósitos de água, para que se tornem em sangue; haverá sangue por toda a terra do Egito, assim nos vasos de madeira como nos de pedra.
- Fizeram Moisés e Arão como Jeová ordenara: Arão, levantando a vara, feriu as águas que estavam no rio, à vista de Faraó e seus servos; e todas as águas que estavam no rio tornaram-se em sangue.
- Morreram os peixes que estavam no rio; cheirou mal o rio, e os egípcios não podiam beber água do rio. Houve sangue por toda a parte do Egito.
- Outro tanto fizeram os magos do Egito com seus encantamentos. Endureceu-se o coração de Faraó, e não os ouviu; como Jeová havia dito.
- Virou-se Faraó e entrou em sua casa, nem ainda a isto se submeteu o seu coração.
- Todos os egípcios cavaram junto ao rio para achar água que beber; pois não podiam beber da água do rio.
- Passaram-se sete dias, depois que Jeová ferira o rio.
- Disse Jeová a Moisés: Entra a Faraó e dize-lhe: Assim diz Jeová: Deixa ir o meu povo, para que me sirva.
- Se tu recusares deixá-lo ir, eis que eu ferirei com rãs todos os teus termos.
- O rio produzirá rãs em abundância, que subirão e entrarão em tua casa, e no teu quarto de dormir, e sobre a tua cama, e na casa dos teus servos, e sobre o teu povo e nos teus fornos e nas tuas amassadeiras;
- as rãs subirão sobre ti, sobre o teu povo e sobre todos os teus servos.
- Disse Jeová a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua mão com a tua vara sobre os rios, sobre os canais e sobre as lagoas, e faze subir rãs sobre a terra do Egito.
- Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito; e subiram rãs que cobriram a terra do Egito.
- O mesmo fizeram os magos com seus encantamentos e fizeram subir rãs sobre a terra do Egito.
- Chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Rogai a Jeová que retire as rãs de mim e do meu povo; e deixarei ir o povo, para que ofereça sacrifícios a Jeová.
- Falou Moisés a Faraó: Digna-te dizer-me quando é que hei de rogar por ti, pelos teus servos e pelo teu povo, para que as rãs sejam retiradas de ti e das tuas casas, e fiquem somente no rio.
- Seja amanhã, respondeu Faraó. Moisés disse: Seja conforme a tua palavra; para que saibas que não há ninguém como Jeová nosso Deus.
- Retirar-se-ão as rãs de ti, e das tuas casas, e dos teus servos, e do teu povo; ficarão somente no rio.
- Saíram Moisés e Arão da presença de Faraó; e clamou Moisés a Jeová no tocante às rãs que havia trazido sobre Faraó.
- Fez Jeová conforme a palavra de Moisés; morreram as rãs das casas, dos pátios e dos campos.
- Ajuntaram-nas em montões; e cheirou mal a terra.
- Mas vendo Faraó que havia descanso, endureceu o seu coração, e não os ouviu; como Jeová havia dito.
- Disse Jeová a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara, e fere o pó da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito.
- Fizeram assim; Arão estendeu a mão com a sua vara e feriu o pó da terra, e houve piolhos nos homens e nas bestas; todo o pó da terra tornou-se em piolhos por toda a terra do Egito.
- Fizeram os magos o mesmo com os seus encantamentos para produzirem piolhos, porém não puderam; houve piolhos nos homens e nas bestas.
- Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus; ficou endurecido o coração de Faraó, que não os ouviu, como Jeová havia dito.
- Disse Jeová a Moisés: Levanta-te de manhã cedo, apresenta-te diante de Faraó (eis que ele sairá às águas) e dize-lhe: Assim diz Jeová: Deixa ir o meu povo para que me sirva.
- De outra forma se não deixares ir o meu povo, eis que enviarei enxames de moscas sobre ti, sobre teus servos, sobre o teu povo e nas tuas casas; as casas dos egípcios se encherão de enxames de moscas, bem assim a terra em que eles estiverem.
- Naquele dia separarei a terra de Gósen, em que habita o meu povo, para que nela não haja enxames de moscas; a fim de que saibas que eu sou Jeová no meio da terra.
- Farei uma separação entre o meu povo e o teu povo; amanhã se fará este milagre.
- Assim fez Jeová; entraram grandes enxames de moscas na casa de Faraó e nas casas dos seus servos; e toda a terra do Egito foi arruinada pelos enxames de moscas.
- Chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide, oferecei sacrifícios a vosso Deus nesta terra.
- Respondeu Moisés: Não convém que se faça assim, pois ofereceremos a abominação dos egípcios como sacrifício a Jeová nosso Deus. Oferecendo nós a abominação dos egípcios diante dos seus olhos, não nos apedrejarão eles?
- Havemos de ir ao deserto caminho de três dias, e oferecer sacrifícios a Jeová nosso Deus, como ele nos ordenar.
- Faraó disse: Eu vos deixarei ir, para que ofereçais sacrifícios a Jeová vosso Deus no deserto; somente não ireis muito longe; rogai por mim.
- Respondeu-lhe Moisés: Eis que vou sair da tua presença, e rogarei a Jeová que amanhã os enxames de moscas se apartem de Faraó, dos seus servos e do seu povo; somente não torne mais Faraó a proceder dolosamente em não deixar ir o povo para oferecer sacrifícios a Jeová.
- Tendo Moisés saído da presença de Faraó, fez as suas rogativas a Jeová.
- Fez Jeová conforme a palavra de Moisés; apartou os enxames de moscas de Faraó, dos seus servos e do seu povo; não ficou nem sequer uma.
- Endureceu Faraó ainda esta vez o seu coração, e não deixou ir o povo.
- Disse Jeová a Moisés: Entra a Faraó e dize-lhe: Assim diz Jeová, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo para que me sirva.
- Pois, se tu recusares deixá-los ir, e houveres de retê-los ainda,
- eis que a mão de Jeová é sobre o teu gado que está no campo: sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre as ovelhas; haverá uma pestilência muito grave.
- Jeová fará uma separação entre o gado de Israel e o gado do Egito; não morrerá nada de tudo o que pertence aos filhos de Israel.
- Jeová designou um prazo, dizendo: Amanhã fará Jeová isto na terra.
- Fez Jeová isso no dia seguinte; morreu todo o gado do Egito; porém do gado dos filhos de Israel não morreu nenhum.
- Mandou Faraó ver, e eis que do gado dos israelitas não morrera nem sequer um. Mas o coração de Faraó estava obstinado, e não deixou ir o povo.
- Disse Jeová a Moisés e a Arão: Tomai-vos mãos cheias de cinza do forno, e Moisés a lance ao ar diante de Faraó.
- E ela tornar-se-á em pó miúdo sobre toda a terra do Egito, e haverá tumores que se arrebentam em úlceras nos homens e no gado, por toda a terra do Egito.
- Eles tomaram a cinza do forno, e se apresentaram diante de Faraó, Moisés lançou-a ao ar e ela tornou-se em tumores que se arrebentavam em úlceras nos homens e no gado.
- Os magos não podiam ter-se em pé diante de Moisés por causa dos tumores; pois havia tumores nos magos e em todos os egípcios.
- Jeová endureceu o coração de Faraó, e este não ouviu; como Jeová havia dito a Moisés.
- Disse Jeová a Moisés: Levanta-te de manhã cedo, apresenta-te diante de Faraó e dize-lhe: Assim diz Jeová, o Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo para que me sirva.
- Pois esta vez enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo; para que saibas que não há quem seja semelhante a mim em toda a terra.
- Agora eu poderia ter estendido a mão e ferido a ti e ao teu povo com pestilência, e tu terias sido cortado da terra;
- mas deveras para isso te hei mantido em pé, para te mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
- Levantas-te ainda contra o meu povo, para não deixá-lo ir?
- Eis que amanhã por este tempo farei cair uma mui grande chuva de pedras, como nunca houve no Egito desde o dia em que foi fundado até agora.
- Envia, recolhe com pressa o teu gado e tudo o que tens no campo; pois sobre todo o homem e animal que se acharem no campo, e não se recolherem à casa, cairá a chuva de pedras, e morrerão.
- Aquele que dentre os servos de Faraó temia a Jeová, fez fugir os seus servos e o seu gado para as casas;
- porém aquele que não se importava com a palavra de Jeová deixou os seus servos e o seu gado no campo.
- Disse Jeová a Moisés: Estende a tua mão para o céu, a fim de que caia uma chuva de pedras em toda a terra do Egito, sobre homens, sobre animais e sobre toda a erva do campo em toda a terra do Egito.
- Moisés estendeu a sua vara para o céu; Jeová enviou trovões e chuva de pedras, e fogo desceu à terra; e fez Jeová cair uma chuva de pedras sobre a terra do Egito.
- Assim havia chuva de pedras, e fogo misturado com a chuva de pedras, mui grande, qual nunca houve em toda a terra do Egito desde que veio a ser uma nação.
- Por toda a terra do Egito a chuva de pedras feriu tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; a chuva de pedras feriu toda a erva do campo e quebrou toda a árvore do campo.
- Somente na terra de Gósen, onde se achavam os filhos de Israel, não havia chuva de pedras.
- Mandou Faraó chamar a Moisés e a Arão e disse-lhes: Esta vez pequei; Jeová é justo, e eu e o meu povo somos ímpios.
- Rogai a Jeová; pois já bastam estes grandes trovões e a chuva de pedras. Eu vos deixarei ir, e vós não permanecereis mais aqui.
- Respondeu-lhe Moisés: Logo que eu tiver saído da cidade, estenderei as mãos a Jeová; cessarão os trovões, e não haverá mais chuva de pedras, para que saibas que a terra é de Jeová.
- Mas, quanto a ti e a teus servos, eu sei que ainda não temereis a Deus Jeová.
- O linho e a cevada foram feridos, pois a cevada estava na espiga e o linho em flor.
- Mas o trigo e a espelta não receberam dano; pois não estavam crescidos.
- Saiu Moisés da cidade, da presença de Faraó, e estendeu as mãos a Jeová; cessaram os trovões e a chuva de pedras, e não caiu mais saraiva sobre a terra.
- Tendo Faraó visto que a chuva e a saraiva e os trovões haviam cessado, tornou a pecar e endureceu o seu coração, ele e os seus servos.
- O coração de Faraó ficou endurecido, e não deixou ir os filhos de Israel; como Jeová havia dito a Moisés.
- Disse Jeová a Moisés: Entra a Faraó. Eu endureci o seu coração e o coração dos seus servos, para que eu manifeste estes meus prodígios no meio deles,
- e para que contes aos ouvidos de teus filhos e dos filhos de teus filhos que coisas tenho obrado no Egito, e os meus prodígios que tenho feito no meio deles; a fim de que saibais que eu sou Jeová.
- Entraram, pois, Moisés e Arão a Faraó e lhe disseram: Assim diz Jeová, o Deus dos hebreus: Até quando recusarás humilhar-te diante de mim? Deixa ir o meu povo para que me sirva.
- De outra forma se tu recusares deixar ir o meu povo, eis que amanhã trarei gafanhotos aos teus termos,
- eles cobrirão a face da terra, de sorte que a terra não se poderá ver; comerão o restante do que escapou, e que vos resta da chuva de pedras, e comerão toda a árvore que vos cresce no campo.
- Encher-se-ão as tuas casas, e as casas de todos os teus servos, e as casas de todos os egípcios, como nunca viram teus pais nem os pais de teus pais, desde o dia em que nasceram na terra até o dia de hoje. Virou-se e saiu da presença de Faraó.
- Então os servos de Faraó lhe disseram: Até quando nos servirá de laço este homem? Deixa ir os homens, para que sirvam a Jeová seu Deus. Porventura não sabes ainda que o Egito está desolado?
- Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó; e ele lhes disse: Ide, servi a Jeová vosso Deus; mas quem são os que hão de ir?
- Respondeu-lhe Moisés: Havemos de ir com os nossos jovens e com os nossos velhos, com nossos filhos e com nossas filhas, com os nossos rebanhos e com os nossos gados havemos de ir, porque temos de celebrar uma festa a Jeová.
- Replicou-lhes Faraó: Assim seja Jeová convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos pequeninos; olhai, porque o mal está diante de vós.
- Não há de ser assim; ide agora vós que sois homens, e servi a Jeová; pois é isso o que vós desejais. E foram expulsos da presença de Faraó.
- Disse Jeová a Moisés: Estende a mão sobre a terra do Egito, para que subam os gafanhotos sobre a terra do Egito e comam toda a erva, tudo o que deixou a chuva de pedras.
- Estendeu Moisés a sua vara sobre a terra do Egito, e trouxe Jeová sobre a terra um vento oriental todo aquele dia e toda a noite; quando amanheceu, o vento oriental trouxe os gafanhotos.
- Os gafanhotos subiram sobre a terra do Egito, e sentaram-se em todos os termos do Egito. Mui malignos foram; antes destes nunca houve tais gafanhotos como eles, nem virão depois destes outros tais.
- Pois cobriram a face de toda a terra, de modo que a terra se escureceu; comeram toda a erva da terra e todo o fruto das árvores, que deixara a chuva de pedras; nada verde ficou nas árvores nem nas ervas do campo por toda a terra do Egito.
- Então a toda a pressa mandou Faraó chamar a Moisés e a Arão, e lhes disse: Pequei contra Jeová vosso Deus e contra vós.
- Agora perdoai-me somente esta vez o meu pecado, e rogai a Jeová vosso Deus que tire de mim esta morte somente.
- Tendo Moisés saído da presença de Faraó, rogou a Jeová.
- Jeová fez soprar um forte vento ocidental, que levantou os gafanhotos e os lançou no mar Vermelho; não ficou um só gafanhoto em todos os termos do Egito.
- Mas Jeová endureceu o coração de Faraó, e este não deixou ir os filhos de Israel.
- Disse Jeová a Moisés: Estende a mão para o céu, para que haja trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar.
- Estendeu, pois, Moisés a mão para o céu; e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias;
- não viram uns aos outros, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; porém todos os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações.
- Mandou Faraó chamar a Moisés e disse: Ide, servi a Jeová. Fiquem somente os vossos rebanhos e os vossos gados; e vão convosco os vossos pequeninos.
- Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar nas mãos sacrifícios e holocaustos, para que ofereçamos sacrifícios a Jeová nosso Deus.
- Também o nosso gado irá conosco; nem uma unha ficará, porque deles havemos de tomar para servir a Jeová nosso Deus, e nós não sabemos com que havemos de servir a Jeová, até que cheguemos lá.
- Mas Jeová endureceu o coração de Faraó, e este não os quis deixar ir.
- Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mim, guarda-te que não vejas mais o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás.
- Respondeu-lhe Moisés: Falaste bem; eu nunca mais hei de ver o teu rosto.
- Disse Jeová a Moisés: Ainda uma só praga mais trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Depois ele vos deixará ir daqui; quando vos deixar ir, sem dúvida há de vos expulsar totalmente.
- Fala agora aos ouvidos do povo que todo o homem peça ao seu vizinho, e toda a mulher à sua vizinha, joias de prata e joias de ouro.
- Jeová deu ao povo graça aos olhos dos egípcios. Além disto o homem Moisés era mui grande na terra do Egito aos olhos dos servos de Faraó e aos olhos do povo.
- Moisés disse: Assim diz Jeová: Cerca da meia-noite irei para o meio do Egito.
- Todos os primogênitos na terra do Egito morrerão, desde o primogênito de Faraó, que se assenta sobre o seu trono, até o primogênito da escrava que está detrás da mó; e todos os primogênitos dos gados.
- Haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve nem haverá jamais.
- Porém contra nenhum dos filhos de Israel moverá um cão a sua língua, desde o homem até o animal, para que saibais que Jeová faz uma distinção entre os egípcios e Israel.
- Todos estes teus servos descerão a mim, e se inclinarão perante mim, dizendo: Sai tu, e todo o povo que te segue; e depois disto hei de sair. Da presença de Faraó retirou-se Moisés, ardendo em ira.
- Então disse Jeová a Moisés: Faraó não vos ouvirá; para que se multipliquem as minhas maravilhas na terra do Egito.
- Moisés e Arão fizeram todas estas maravilhas perante Faraó, e Jeová endureceu o coração de Faraó, que não deixou ir da sua terra os filhos de Israel.
- Disse Jeová a Moisés e Arão na terra do Egito:
- Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
- Falai a toda a congregação de Israel: Ao décimo dia deste mês tomarão para si um cordeiro cada um, segundo as casas de seus pais, um cordeiro para cada família.
- Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará ele e o seu vizinho mais próximo segundo o número das almas; conforme o comer de cada um, calculareis quantos bastem para o cordeiro.
- O cordeiro, ou o cabrito, será sem defeito, macho de um ano; haveis de tomá-lo das ovelhas ou das cabras;
- e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês. Toda a assembleia da congregação de Israel o matará à tardinha.
- Tomarão do sangue e pô-lo-ão sobre as duas umbreiras e sobre a verga das portas, nas casas em que o comerão.
- Naquela noite comerão a carne assada no fogo, e pães asmos; com ervas amargas o comerão.
- Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo; comereis a sua cabeça com as suas pernas e com a sua fressura.
- Nada deixareis dele até pela manhã; porém o que dele ficar até pela manhã queimá-lo-eis no fogo.
- Desta maneira o comereis: tendo os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés e o vosso cajado nas mãos; comê-la-eis à pressa. É a Páscoa de Jeová.
- Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, tanto homens como animais; sobre todos os deuses do Egito executarei juízos: eu sou Jeová.
- O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga para vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito.
- Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como uma festa por estatuto perpétuo.
- Sete dias comereis pães asmos. Logo ao primeiro dia tirareis das vossas casas o fermento, pois todo o que comer pão levedado desde o primeiro dia até o sétimo, será cortada de Israel aquela alma.
- Ao primeiro dia haverá para vós uma santa convocação; e ao sétimo dia uma santa convocação; nestes dias não se fará nenhuma espécie de trabalho, exceto o que diz respeito ao comer, somente isso poderá ser feito por vós.
- Guardareis a festa dos pães asmos, porque nesse mesmo dia fiz sair os vossos exércitos da terra do Egito; portanto observareis este dia de geração em geração por estatuto perpétuo.
- No primeiro mês, aos quatorze dias do mês, à tarde, comereis pães asmos, até os vinte e um dias do mês à tarde.
- Por sete dias não se achará fermento nas vossas casas; pois todo o que comer pão levedado será cortado da congregação de Israel, quer seja ele peregrino, quer seja natural da terra.
- Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães asmos.
- Chamou Moisés todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Tirai do rebanho e tomai-vos cordeiros segundo as vossas famílias e matai a Páscoa.
- Tomareis um molho de hissopo, ensopá-lo-eis no sangue que estiver na bacia, e marcareis a verga e as duas umbreiras com o sangue que estiver na bacia. Nenhum de vós sairá da porta da sua casa até pela manhã.
- Pois Jeová passará para ferir os egípcios; quando vir o sangue sobre a verga e sobre as duas umbreiras, passará Jeová por aquela casa e não permitirá entrar o destruidor nas vossas casas para vos ferir.
- Guardareis isto por estatuto para vós e para vossos filhos para sempre.
- Quando tiverdes entrado na terra que Jeová vos há de dar, como tem prometido, observareis este serviço.
- Quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este rito?
- Respondereis: É o sacrifício da Páscoa de Jeová que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo, prostrando-se por terra, adorou.
- Foram-se os filhos de Israel, e assim fizeram; como Jeová ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
- Aconteceu que à meia-noite feriu Jeová a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó que se assentava no seu trono até o primogênito do cativo que estava na enxovia; e todos os primogênitos dos animais.
- Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus servos e todos os egípcios; e fez-se um grande clamor no Egito, pois não havia casa sem algum morto.
- Então mandou chamar a Moisés e a Arão de noite e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; ide, servi a Jeová como tendes dito.
- Levai convosco os vossos rebanhos e os vossos gados, como tendes dito, e ide-vos embora; abençoai-me também a mim.
- Os egípcios apertavam o povo, para o lançarem fora da terra à pressa, pois diziam: Todos nós somos mortos.
- O povo tomou a sua massa antes que fosse ela levedada, sendo as suas amassadeiras atadas em seus vestidos sobre os seus ombros.
- Fizeram também os filhos de Israel segundo as palavras de Moisés: pediram aos egípcios joias de prata, e joias de ouro, e vestidos.
- Jeová deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, de maneira que estes deram ao povo o que pedia. E despojaram aos egípcios.
- Viajaram os filhos de Israel de Ramessés a Sucote, sendo perto de seiscentos mil homens de pé, sem contar as crianças.
- Subiu com eles uma grande mistura de gente; também rebanhos e gados, muitíssimas cabeças.
- Cozeram bolos asmos da massa que levaram do Egito; pois ela não se tinha levedado, porque foram lançados fora do Egito. Não puderam deter-se, nem haviam preparado para si alguma comida.
- Ora o tempo que os filhos de Israel moraram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.
- Ao fim dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia aconteceu que todos os exércitos de Jeová saíram da terra do Egito.
- É uma noite mui digna de se observar a Jeová, porque os tirou da terra do Egito; esta é aquela noite de Jeová, mui digna de se observar por todos os filhos de Israel nas suas gerações.
- Disse Jeová a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da Páscoa: nenhum estrangeiro comerá dela;
- porém todo o escravo comprado por dinheiro, depois que o tiveres circuncidado, comerá dela.
- O forasteiro e o mercenário não comerão dela.
- O cordeiro há de ser comido numa só casa; da sua carne não levareis nada fora da casa, nem lhe quebrareis osso algum.
- Toda a congregação de Israel a observará.
- Quando um estrangeiro peregrinar entre vós e quiser guardar a Páscoa a Jeová, circuncidem-se todos os seus machos, então se chegará e a observará. Será como o natural da terra, porém nenhum incircunciso comerá dela.
- Haverá uma mesma lei para o natural e o estrangeiro que peregrina entre vós.
- Assim fizeram todos os filhos de Israel; como Jeová ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
- Naquele mesmo dia tirou Jeová os filhos de Israel da terra do Egito por suas turmas.
- Disse Jeová a Moisés:
- Santifica-me todos os primogênitos, todo o que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, assim de homens como de animais; é meu.
- Disse Moisés ao povo: Lembrai-vos deste dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte Jeová vos tirou deste lugar. Não se comerá pão levedado.
- Vós saís hoje, no mês de Abibe.
- Quando Jeová te houver introduzido na terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos heveus e dos jebuseus, a qual jurou a teus pais que te havia de dar, a terra que mana leite e mel, guardarás este rito neste mês.
- Sete dias comerás pão levedado, e ao sétimo dia haverá uma festa a Jeová.
- Sete dias se comerão pães asmos; não se verá em tuas casas pão levedado, nem fermento em todos os teus termos.
- Naquele dia contarás a teu filho, dizendo: Isto é por causa do que Jeová fez por mim, quando saí do Egito.
- Será por sinal sobre a tua mão, e por memorial entre os teus olhos, para que a lei de Jeová esteja na tua boca; pois com mão forte Jeová te tirou do Egito.
- Portanto guardarás esta ordenança a seu tempo de ano em ano.
- Quando Jeová te houver introduzido na terra dos cananeus, como te jurou a ti e a teus pais, e ta houver dado,
- separarás para Jeová todo o que abre a madre de sua mãe e todos os primogênitos dos teus animais; os machos serão de Jeová.
- Todo o primogênito duma jumenta remirás com um cordeiro; se não quiseres remi-lo, quebrar-lhe-ás a cerviz; e todos os primogênitos do homem entre teus filhos remirás.
- Quando teu filho te perguntar no futuro: Que é isto? responder-lhe-ás: Com mão forte Jeová tirou-nos do Egito, da casa da servidão;
- quando Faraó se endureceu para não nos deixar ir, matou Jeová todos os primogênitos na terra do Egito, tanto os primogênitos dos homens como os primogênitos dos animais. Por isso é que eu sacrifico a Jeová todos os primogênitos, sendo machos; porém resgato a todos os primogênitos de meus filhos.
- Isto será por sinal sobre a tua mão, e por frontal entre os teus olhos, pois com mão forte Jeová nos tirou do Egito.
- Tendo Faraó deixado ir o povo, não os conduziu Deus pelo caminho da terra dos filisteus, se bem que fosse perto; pois disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte para o Egito.
- Porém Deus fez rodear o povo pelo caminho do deserto, pelo mar Vermelho: e os filhos de Israel saíram arregimentados da terra do Egito.
- Levou também Moisés consigo os ossos de José, por ter este rigorosamente ajuramentado os filhos de Israel, dizendo: Sem dúvida Deus vos há de visitar; levai daqui convosco os meus ossos.
- Tendo partido de Sucote, acamparam-se em Etã, à beira do deserto.
- Jeová ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar; a fim de que caminhassem de dia e de noite.
- Nunca a coluna de nuvem deixou de aparecer diante do povo durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.
- Disse Jeová a Moisés:
- aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem em frente de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; defronte dele assentareis o campo junto ao mar.
- Faraó dirá dos filhos de Israel: Eles estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou.
- Endurecerei o coração de Faraó, e ele os perseguirá; glorificar-me-ei em Faraó e em todo o seu exército; e os egípcios saberão que eu sou Jeová. Eles assim o fizeram.
- Foi dito ao rei dos egípcios que o povo havia fugido; mudou-se o coração de Faraó e dos seus servos para com o povo, e disseram: Que é isto que fizemos, permitindo que Israel nos deixasse de servir?
- Faraó mandou aprontar o seu carro, e tomou consigo o seu povo;
- também tomou seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito com capitães sobre todos eles.
- Jeová endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, e este perseguiu os filhos de Israel; pois os filhos de Israel saíram afoitamente.
- Os egípcios, a saber, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros e o seu exército, e alcançaram-nos acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom.
- Quando Faraó se chegou perto, levantaram os olhos os filhos de Israel, e eis que os egípcios marchavam atrás deles; os filhos de Israel tiveram muito medo, e clamaram a Jeová.
- Disseram a Moisés: Foi porque não havia sepulcros no Egito que nos tiraste para morrermos no deserto? Por que motivo nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?
- Não é isto mesmo o que te dissemos no Egito: Deixa-nos, para que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto.
- Respondeu Moisés ao povo: Não temais, estai quietos e vede o livramento que Jeová vos há de dar hoje; porque os egípcios que vedes hoje, nunca jamais os tornareis a ver.
- Jeová pelejará por vós, e vós vos calareis.
- Disse Jeová a Moisés: Por que clamas a mim? Fala aos filhos de Israel que marchem.
- E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem pelo meio do mar em seco.
- Eis que eu hei de endurecer os corações dos egípcios, e entrarão atrás deles; glorificar-me-ei em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros.
- Os egípcios saberão que eu sou Jeová, quando me tiver glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros.
- Então o anjo de Deus, que ia adiante do campo de Israel, se retirou e ia atrás deles; a coluna de nuvem retirou-se de diante deles, e pôs-se atrás deles,
- e veio entre o campo do Egito e o campo de Israel. Havia a nuvem e as trevas, contudo brilhava de noite. Toda a noite não se aproximou um do outro.
- Então Moisés estendeu a mão sobre o mar. Jeová fez retirar-se o mar por um forte vento oriental toda a noite, e fez do mar terra seca, e as águas foram divididas.
- Os filhos de Israel entraram no meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como um muro à direita e à esquerda.
- Os egípcios perseguiram e entraram atrás deles no meio do mar, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros.
- Na vigília da manhã olhou Jeová para o exército dos egípcios por entre a coluna de fogo e de nuvem e alvorotou o exército dos egípcios.
- Tirou-lhes as rodas dos carros, e fê-los andar dificultosamente; de modo que os egípcios disseram: Fujamos de diante de Israel, porque Jeová está pelejando por eles contra os egípcios.
- Disse Jeová a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para que se voltem as águas sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros.
- Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar, ao romper da manhã, voltou à sua força; os egípcios fugiram de encontro a ele, e Jeová derribou os egípcios no meio do mar.
- As águas voltaram a cobrir os carros e os cavaleiros, sim todo o exército de Faraó, que atrás deles entrou no mar; deles não ficou nem sequer um.
- Porém os filhos de Israel caminhavam a pé enxuto no meio do mar; e as águas foram-lhes como um muro à direita e à esquerda.
- Assim Jeová salvou a Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.
- Viu Israel o grande poder que Jeová exercitou contra os egípcios, e o povo temeu a Jeová; creram em Jeová e em seu servo Moisés.
- Então cantou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico a Jeová, e disseram: Cantarei a Jeová, porque gloriosamente triunfou; precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
- Jeová é a minha força e o meu cântico, e ele se tem tornado a minha salvação. Este é o meu Deus, e louvá-lo-ei; Ele é o Deus de meu pai, e exaltá-lo-ei.
- Jeová é homem de guerra; Jeová é o seu nome.
- Precipitou no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus capitães foram submergidos no mar Vermelho.
- Os abismos os cobriram; desceram às profundidades como uma pedra.
- A tua destra, Jeová, é gloriosa em poder, a tua destra, Jeová, destroça o inimigo.
- Na grandeza da tua excelência derribas aos que se levantam contra ti; envias a tua ira, que os devora como restolho.
- Ao assopro dos teus narizes amontoaram-se as águas, pararam as correntes como montão; condensaram-se os abismos no meio do mar.
- Disse o inimigo: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos. Deles satisfar-se-á o meu desejo; arrancarei a minha espada, a minha mão os destruirá.
- Sopraste com o teu vento, o mar os cobriu; afundaram-se como chumbo nas grandes águas.
- Quem entre os deuses é semelhante a ti, Jeová? Quem é semelhante a ti, glorioso em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?
- Estendeste a mão direita, a terra os tragou.
- Na tua misericórdia guiaste o povo que remiste; na tua força o conduziste à tua santa habitação.
- Os povos ouviram, eles estremeceram; dores apoderaram-se dos habitantes da Filístia.
- Então se pasmaram os príncipes de Edom; dos poderosos de Moabe, deles se apoderou um tremor; derreteram-se todos os habitantes de Canaã.
- Sobre eles caiu medo e pavor; pela grandeza do teu braço quedaram imóveis como uma pedra, até que passasse o teu povo, Jeová, até que passasse o povo que adquiriste.
- Tu os introduzirás e os plantarás no monte da tua herança, no lugar, Jeová, que preparaste para a tua habitação; no santuário, Senhor, que as tuas mãos estabeleceram.
- Jeová reinará eterna e perpetuamente.
- Porque os cavalos de Faraó com os seus carros e com os seus cavaleiros entraram no mar, e Jeová fez voltar sobre eles as águas do mar; porém os filhos de Israel caminhavam a pé enxuto no meio do mar.
- A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um adufe na sua mão; e todas as mulheres saíram atrás dela com adufes e com danças.
- Miriã respondia-lhes: Cantai a Jeová, porque gloriosamente triunfou, precipitou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
- Moisés fez partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam água.
- Quando chegaram a Mara, não podiam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou ao lugar Mara.
- Murmurou o povo contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?
- Então clamou Moisés a Jeová; e Jeová mostrou-lhe uma árvore; Moisés lançou-a nas águas, e as águas tornaram-se doces. Ali deu-lhes um estatuto e uma ordenança, ali os provou,
- e disse: Se ouvires atentamente a voz de Jeová teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos e guardares todos os seus estatutos, não enviarei sobre ti nenhuma das enfermidades que enviei sobre os egípcios; pois eu sou Jeová que te sara.
- Vieram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas.
- Partiram de Elim, e veio toda a congregação dos filhos de Israel ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês depois que saíram do Egito.
- Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto;
- Disseram-lhes os filhos de Israel: Oxalá que tivéssemos morrido pela mão de Jeová na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes à fome a toda esta multidão.
- Disse Jeová a Moisés: Eis que vou chover do céu pão para vós; sairá o povo e colherá diariamente a porção de cada dia, para que eu o prove se anda na minha lei ou não.
- Mas ao sexto dia prepararão o que trazem, e será dois tantos do que colhem cada dia.
- Disseram Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: À tarde sabereis que Jeová é quem vos tirou da terra do Egito.
- Pela manhã vereis a glória de Jeová; porquanto ele ouve as vossas murmurações contra Jeová. Porém que somos nós, para que murmureis contra nós?
- Prosseguiu Moisés: Isso será, quando Jeová à tarde vos der carne para comerdes, e pela manhã pão a fartar; porquanto Jeová ouve as vossas murmurações com que murmurais contra ele; pois que somos nós? As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra Jeová.
- Disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença de Jeová; pois ouviu as vossas murmurações.
- Quando Arão falava a toda a congregação dos filhos de Israel, olharam para o deserto, e eis que a glória de Jeová apareceu na nuvem.
- E disse Jeová a Moisés:
- Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: À tarde comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou Jeová vosso Deus.
- Aconteceu que à tarde subiram codornizes e cobriram o arraial; e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do arraial.
- Quando se evaporou a camada de orvalho, eis que sobre a superfície do deserto estava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra.
- Tendo-a visto os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Então lhes disse Moisés: Este é o pão que Jeová vos deu para comerdes.
- Eis o que Jeová ordenou: Colhei dele, cada um quanto possa comer; tomareis um hômer por cabeça, conforme o número de vossas pessoas, cada um para os que se acham na sua tenda.
- Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram uns mais e outros menos.
- Quando o mediram num hômer, nada sobejava ao que colheu muito, nem faltava ao que colheu pouco; colheram cada um quanto podia comer.
- Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele até pela manhã.
- Contudo não deram ouvidos a Moisés; mas alguns deixaram dele até pela manhã, e criou bichos e cheirou mal. Moisés indignou-se contra eles.
- Colhiam-no, pois, todas as manhãs, cada um quanto podia comer; e, quando vinha o calor do sol, derretia-se.
- Ao sexto dia colheram pão em dobro, dois hômeres para cada um; vieram todos os principais da congregação e contaram-no a Moisés.
- Respondeu-lhes ele: Isto é o que Jeová ordenou; amanhã é descanso, sábado santo a Jeová. O que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o; e tudo o que sobejar, ponde-o de lado para vós; guardando-o até pela manhã.
- Guardaram-no até pela manhã, como Moisés ordenara; e não cheirou mal nem se acharam bichos nele.
- Então disse Moisés: Comei-o hoje; pois hoje é o sábado de Jeová; hoje não o achareis no campo.
- Seis dias o colhereis; mas o sétimo dia é o sábado, nele não haverá.
- Ao sétimo dia saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam.
- Disse Jeová a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?
- Vede, porquanto Jeová vos deu o sábado, por isso vos dá ele no sexto dia o pão para dois dias; fique cada um onde está, não saia ninguém do seu lugar no sétimo dia.
- Assim descansou o povo no sétimo dia.
- A casa de Israel deu-lhe o nome de maná; era como semente de coentro, branca, e de um sabor semelhante ao de pastas feitas com mel.
- Disse Moisés: Eis o que Jeová ordenou: Dele enchei um hômer, e guarda-se para as vossas gerações; para que vejam o pão com que vos sustentei no deserto, quando vos tirei da terra do Egito.
- Então disse Moisés a Arão: Toma um vaso, põe nele um hômer cheio de maná e deposita-o diante de Jeová, a fim de se guardar para as vossas gerações.
- Como Jeová ordenou a Moisés, assim Arão o depositou diante do Testemunho para se guardar.
- Os filhos de Israel comeram o maná quarenta anos até que chegaram a uma terra habitada; comeram o maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
- Ora um hômer é a décima parte do efa.
- Tendo partido toda a congregação dos filhos de Israel do deserto de Sim, pelas suas jornadas, segundo o mandamento de Jeová, acamparam em Refidim; não havia ali água para o povo beber.
- Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para bebermos. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais a Jeová?
- Ali o povo teve sede de água, e murmurou o povo contra Moisés, dizendo: Por que nos fizeste sair do Egito, para nos matares de sede a nós, a nossos filhos e ao nosso gado?
- Clamou Moisés a Jeová: Que farei a este povo? Por pouco me não apedreja.
- Respondeu Jeová a Moisés: Vai-te adiante do povo, e leva contigo alguns dos anciãos de Israel; toma na mão a tua vara com que feriste o rio, e vai-te.
- Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, para que beba o povo. Assim fez Moisés à vista dos anciãos de Israel.
- Chamou ao lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram a Jeová, dizendo: Está Jeová no meio de nós ou não?
- Então veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim.
- Disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã estarei eu no cume do outeiro, tendo na mão a vara de Deus.
- Fez Josué como Moisés lhe dissera, e pelejou contra Amaleque; e Moisés, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro.
- Quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas, quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.
- Porém as mãos de Moisés eram pesadas; tomando, pois, uma pedra, puseram-na por baixo dele, e nela se assentou. Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, estando um de um lado e o outro do outro; assim ficaram firmes as mãos até o pôr-do-sol.
- Desbaratou a Amaleque e a seu povo ao fio da espada.
- Disse Jeová a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e faze-o ouvir a Josué; porque eu hei de extinguir totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.
- Moisés edificou um altar, e pôs-lhe este nome, Jeová-Nissi;
- porque disse: Jeová jurou isto: Jeová fará guerra contra Amaleque de geração em geração.
- Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moisés, ouviu tudo o que Deus havia feito a Moisés e a Israel, seu povo, como Jeová tinha tirado a Israel do Egito.
- Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, mulher de Moisés, depois que este lha enviara,
- e aos dois filhos dela; dos quais um se chamava Gérson, pois disse Moisés: Fui peregrino numa terra estrangeira;
- e o outro Eliézer, pois disse: O Deus de meu pai foi o meu auxílio, e livrou-me da espada de Faraó.
- Veio Jetro, sogro de Moisés, com a mulher e os filhos deste a Moisés no deserto onde se tinha acampado, junto ao monte de Deus;
- e disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos.
- Saiu Moisés ao encontro de seu sogro, inclinou-se diante dele e o beijou; perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda.
- Então contou Moisés a seu sogro tudo o que Jeová tinha feito a Faraó e aos egípcios por causa de Israel, todo o trabalho que lhes sobreviera no caminho, e como Jeová os livrou.
- Jetro alegrou-se por toda a bondade que Jeová mostrara a Israel, como libertá-lo da mão dos egípcios,
- e disse: Bendito seja Jeová, que vos livrou da mão dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou o povo de debaixo da mão dos egípcios.
- Agora eu sei que Jeová é maior que todos os deuses; naquilo mesmo em que se houveram com orgulho contra o povo.
- Então Jetro, sogro de Moisés, tomou um holocausto e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comer pão com o sogro de Moisés diante de Deus.
- Aconteceu que no dia seguinte Moisés se assentou para julgar o povo; e o povo conservou-se junto de Moisés desde a manhã até à tarde.
- Vendo o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, perguntou: Que é isto que tu fazes ao povo? Por que estás tu assentado só, e todo o povo conserva-se junto a ti desde a manhã até à tarde?
- Respondeu Moisés a seu sogro: É porque o povo vem a mim para consultar a Deus.
- Quando eles têm alguma questão, vêm a mim; eu julgo entre um e outro, e faço-lhes saber os estatutos de Deus e as suas leis.
- Replicou-lhe o sogro de Moisés: Não é bom o que tu fazes.
- Sem dúvida tu te consumirás tanto a ti como a este povo, que está contigo; pois te é pesado demais; tu só não o podes fazer.
- Ouve, pois, a minha voz, eu te aconselharei, e seja Deus contigo; sê tu pelo povo diante de Deus, e traze tu as causas a Deus;
- ensinar-lhes-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.
- Além disto procurarás dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborrecem a avareza; a estes porás sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez;
- e julguem estes ao povo em todo o tempo. Toda a causa grave a trarão a ti, mas toda a causa pequena a julgarão eles mesmos; assim será mais leve para ti, e eles levarão a carga contigo.
- Se isto fizeres, e assim Deus te mandar; poderás aturar, e todo este povo também irá em paz ao seu lugar.
- Assim ouviu Moisés a voz de seu sogro, e fez tudo quanto este lhe dissera.
- Moisés escolheu de todo o Israel homens capazes, e pô-los por cabeças sobre o povo: maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez.
- Estes julgaram o povo em todo o tempo; as causas graves as trouxeram a Moisés, mas toda a causa pequena a julgaram eles mesmos.
- Moisés despediu a seu sogro; e este se foi para a sua terra.
- No terceiro mês depois que os filhos de Israel haviam saído da terra do Egito, no mesmo dia entraram no deserto de Sinai.
- Tendo, pois, partido de Refidim, chegaram ao deserto de Sinai, em que se acamparam; ali se acampou Israel em frente do monte.
- Subiu Moisés a Deus, e do monte Jeová o chamou, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel:
- Tendes visto o que fiz aos egípcios, de que modo vos trouxe sobre asas de águias e vos cheguei a mim.
- Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos (pois minha é toda a terra),
- e vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
- Veio Moisés e, convocados os anciãos do povo, expôs-lhes todas estas palavras que Jeová lhe ordenara.
- Todo o povo respondeu a uma voz: Tudo o que Jeová tem falado, faremos. Referiu Moisés a Jeová as palavras do povo.
- Então disse Jeová a Moisés: Eis que venho ter contigo em uma nuvem espessa, para que o povo ouça quando eu falar contigo, e para que também te creia para sempre. Referiu Moisés a Jeová as palavras do povo.
- Disse Jeová a Moisés: Vai ter com o povo, e santifica-os hoje e amanhã. Lavem os seus vestidos,
- e estejam prontos para o terceiro dia, porque no terceiro dia descerá Jeová à vista de todo o povo sobre o monte Sinai.
- Marcarás em roda limites ao povo, dizendo: Guardai-vos que não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo o que tocar o monte certamente será morto.
- Mão alguma tocará naquele que o fizer, mas ele será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá. Quando se prolongar o som da buzina, subirão eles ao monte.
- Moisés, tendo descido do monte, foi ter com o povo e o santificou; e lavaram os seus vestidos.
- Disse ao povo: Estai prontos para o terceiro dia; e não vos chegueis à mulher.
- Ao terceiro dia, depois de raiar o dia, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu o monte, e ouviu-se um sonido de buzina mui forte; estremeceu todo o povo que estava no arraial.
- Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e pararam ao pé do monte.
- O monte Sinai, todo ele, fumegava, porque Jeová tinha descido a ele em fogo; do monte subiu o fumo, como o fumo duma fornalha, e o monte tremia grandemente.
- Quando o sonido da buzina se ia aumentando cada vez mais, falava Moisés e respondia-lhe Deus por uma voz.
- Desceu Jeová sobre o monte Sinai ao cume do monte, e chamou Moisés ao cume do monte. Moisés subiu,
- e disse Jeová a Moisés: Desce, adverte ao povo, para que não suceda que passem além dos limites a Jeová, a fim de ver, e muitos deles pereçam.
- Os sacerdotes também que se chegam a Jeová, santifiquem-se a si mesmos, para que Jeová não os fira.
- Respondeu Moisés a Jeová: O povo não poderá subir ao monte; pois tu nos ordenaste expressamente, dizendo: Marca limites ao redor do monte, e santifica-o.
- Replicou-lhe Jeová: Vai, desce. Subirás tu, e Arão contigo; porém não passem além dos limites os sacerdotes e o povo para subir a Jeová para que não suceda que os fira.
- Desceu, pois, Moisés ao povo, e disse-lhes isto.
- Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
- Eu sou Jeová teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa de servidão.
- Não terás outros deuses diante de mim.
- Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
- Não as adorarás, nem lhes darás culto, porque eu, Jeová teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta geração daqueles que me aborrecem,
- e uso misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
- Não tomarás o nome de Jeová teu Deus em vão, porque Jeová não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.
- Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.
- Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra;
- mas o sétimo dia é o sábado de Jeová teu Deus. Nesse dia não farás obra alguma, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o teu estrangeiro que está das tuas portas para dentro;
- porque em seis dias fez Jeová o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há: por isso Jeová abençoou o dia sétimo, e o santificou.
- Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que Jeová teu Deus te dá.
- Não matarás.
- Não adulterarás.
- Não furtarás.
- Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
- Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.
- Todo o povo testemunhava os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; o povo, ao ver isto, estremeceu e parou ao longe.
- Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e ouviremos; porém não nos fale Deus, para que não morramos.
- Respondeu Moisés ao povo: Não temais; porque Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
- O povo parou ao longe, mas Moisés chegou-se às trevas espessas onde Deus estava.
- Então disse Jeová a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós mesmos tendes visto que do céu eu vos falei.
- Não fareis outros deuses ao lado de mim; deuses de prata, ou deuses de ouro, não os fareis para vós.
- Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois. Em todo o lugar em que eu fizer recordar o meu nome, virei ter contigo e te abençoarei.
- Se me edificares um altar de pedras, não o edificarás de pedras lavradas; pois, se levantares sobre ele a tua ferramenta, tê-lo-ás profanado.
- Nem subirás por degraus ao meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta.
- Ora estas são as ordenações que lhes proporás.
- Se comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá forro, de graça.
- Se entrar sozinho, sozinho sairá; se tiver mulher, então com ele sairá sua mulher.
- Se o seu senhor lhe der mulher, e ela tiver filhos e filhas com ele; a mulher e seus filhos serão do seu senhor, e ele sairá sozinho.
- Porém, se o escravo disser expressamente: Eu amo a meu senhor, a minha mulher e a meus filhos, não quero sair forro;
- o seu senhor o levará perante os juízes, e o fará chegar à porta, ou à umbreira da porta, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; ele o servirá para sempre.
- Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não sairá como saem os escravos.
- Se ela não agradar ao seu senhor que se comprometeu a desposá-la, ele permitirá que seja remida; vendê-la a um povo estrangeiro não poderá, visto tê-la enganado.
- Se ele a desposar com seu filho, tratá-la-á como se tratam as filhas.
- Se ele der ao filho outra mulher, não lhe diminuirá o mantimento, nem os vestidos, nem o direito conjugal.
- Se ele não fizer estas três coisas, ela sairá de graça, sem dar dinheiro.
- Aquele que ferir a um homem, de modo que este morra, certamente será morto.
- Mas, se não lhe armar ciladas, porém Deus lho entregar nas mãos; então te designarei lugar para onde fugirá.
- Se um homem vier premeditadamente contra o seu próximo, para o matar à traição, tirá-lo-ás do meu altar, para que morra.
- Quem ferir a seu pai ou a sua mãe certamente será morto.
- Aquele que furtar um homem, e o vender, ou mesmo se este for achado no seu poder, certamente será morto.
- O que amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe certamente será morto.
- Se dois homens se travarem de razões, e um ferir o outro com pedra ou punhada, e este não morrer, mas ficar de cama;
- se ele tornar a levantar-se e andar fora encostado ao seu bastão, então será absolvido aquele que o feriu; somente lhe pagará o tempo que perdeu, e fará que seja completamente curado.
- Se um homem ferir o seu escravo (ou a sua escrava) com uma vara, e este morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado.
- Porém, se sobreviver um ou dois dias, não será castigado; porque é dinheiro seu.
- Se homens brigarem, e um deles ferir a uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não resultar dano maior; certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinem.
- Mas, se resultar dano, então darás vida por vida,
- olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé,
- queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.
- Se alguém ferir o olho do seu escravo (ou o olho da sua escrava) e o destruir; deixá-lo-á ir forro por causa do olho.
- E, se deitar fora o dente do seu escravo (ou da sua escrava), deixá-lo-á ir forro por causa do dente.
- Se um boi ferir mortalmente com as pontas um homem ou uma mulher, certamente será apedrejado, e não se comerão as suas carnes; porém o dono do boi será absolvido.
- Mas, se o boi tiver sido já de tempos avezado a marrar, e o dono, tendo sido disso advertido, não o tiver encurralado, e o boi tiver matado um homem ou uma mulher; o boi será apedrejado, e também será morto o seu dono.
- Se lhe for imposto resgate, então dará pela redenção da sua vida tudo o que lhe for imposto.
- Quer tenha o boi ferido com as suas pontas a um filho, quer a uma filha, segundo este julgamento lhe será feito.
- Se o boi ferir a um escravo ou a uma escrava, serão dados ao senhor deles trinta siclos de prata, e o boi será apedrejado.
- Se alguém abrir uma cova, ou se alguém cavar uma cova e não a cobrir, e nela cair um boi ou um jumento,
- o dono fará restituição; dará dinheiro ao dono do animal morto, e este será seu.
- Se o boi de um homem ferir o boi de outro, e este morrer, venderão o boi vivo, e repartirão o valor; e dividirão entre si o boi morto.
- Ou, se for notório que o boi era já de tempos avezado a marrar, e o seu dono não o tiver encurralado, certamente pagará boi por boi, e receberá o boi morto.
- Se alguém furtar um boi (ou uma ovelha), e o matar ou vender; pagará cinco bois por um boi, e quatro ovelhas por uma ovelha.
- Se o ladrão for achado minando uma casa, e for ferido de modo que morra, o que o feriu não será réu de sangue.
- Se o sol tiver saído sobre o ladrão, o que o feriu será réu de sangue; neste caso o ladrão deverá fazer restituição. Se ele não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
- Se aquilo que roubou for achado vivo em seu poder, seja boi, seja jumento, seja ovelha; pagará ele o dobro.
- Se alguém fizer pastar um campo ou uma vinha, e soltar o seu animal, e este pastar no campo de outrem; do melhor do seu campo e do melhor da sua vinha fará restituição.
- Se arrebentar um fogo e se prender nos espinhos, de modo que sejam destruídas as medas de trigo, ou as messes, ou o campo; aquele que acendeu o fogo, sem dúvida fará restituição.
- Se um homem entregar ao seu próximo dinheiro, ou vasos, a guardar, e isso for furtado àquele que o recebeu; se for achado o ladrão, pagará o dobro.
- Se o ladrão não for achado, o dono da casa se apresentará aos juízes, para ver se não meteu a mão na fazenda do seu próximo.
- Em todo o caso de transgressão, seja a respeito de boi, ou de jumento, ou de ovelhas, ou de vestidos ou de qualquer coisa perdida, de que uma das partes diz: Esta é a coisa, a causa de ambas as partes se levará perante os juízes; aquele, a quem os juízes condenarem, pagará o dobro ao seu próximo.
- Se alguém entregar ao seu próximo um jumento, ou um boi, ou uma ovelha, ou qualquer outro animal, a guardar; e este morrer, ou se estropear, ou for arrebatado sem que ninguém o visse;
- interpor-se-á o juramento de Jeová entre ambos, para ver se o guarda não meteu a mão na fazenda do seu próximo; o dono aceitará o juramento, e o outro não fará restituição.
- Porém, se o animal lhe for furtado, fará restituição ao seu dono.
- Se for dilacerado, trá-lo-á por testemunho; não fará restituição pelo que tiver sido dilacerado.
- Se um homem pedir emprestado ao seu próximo, e aquilo que for emprestado vier a danificar-se ou morrer em ausência do dono, certamente fará ele restituição.
- Se o dono estiver presente, o outro não fará restituição; se a coisa for alugada, o preço do seu aluguel já respondeu por ela.
- Se alguém seduzir uma virgem que não está desposada, e se deitar com ela, sem falta a dotará e a terá por mulher.
- Se o pai da virgem recusar terminantemente dar-lha, pagará ele em dinheiro conforme o dote das virgens.
- Não permitirás que viva uma feiticeira.
- Quem tiver coito com uma besta, certamente será morto.
- Aquele que sacrificar a qualquer deus, a não ser tão somente a Jeová, sem falta será morto.
- Não fareis mal ao peregrino, nem o oprimireis; porque fostes peregrinos na terra do Egito.
- Não afligireis a viúva, nem o órfão.
- Se de alguma maneira os afligirdes, e eles clamarem a mim, sem dúvida ouvirei o seu clamor;
- o meu furor se acenderá, e vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos.
- Se emprestares dinheiro a algum pobre dentre o meu povo que está contigo, não lhe serás como credor; nem lhe exigirás juros.
- Se por qualquer motivo tomares do teu próximo em penhor o seu vestido, lho restituirás antes do pôr-do-sol;
- pois esta é a única cobertura que tem, é o vestido com que cobre as suas carnes. Em que se deitará ele? Quando ele me clamar a mim, o ouvirei; pois sou misericordioso.
- Não injuriarás aos juízes, nem amaldiçoarás ao magistrado do teu povo.
- Não tardarás em trazer ofertas do melhor das tuas ceifas e das tuas vinhas. O primogênito de teus filhos mo darás.
- Da mesma maneira farás com os teus bois e com as tuas ovelhas; sete dias ficará a cria com a mãe; ao oitavo dia ma darás.
- Ser-me-eis homens santos; portanto não comereis carne que tenha sido dilacerada no campo: deitá-la-eis aos cães.
- Não levantarás um boato falso; não concertarás com o perverso para seres testemunha injusta.
- Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem darás testemunha numa causa, inclinando-te ao parecer da maioria, para perverteres a justiça;
- nem favorecerás ao pobre na sua causa.
- Se encontrares o boi do teu inimigo, ou o seu jumento desgarrado, sem falta lho reconduzirás.
- Se vires caído debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o deixarás, certamente com o dono o aliviarás.
- Não perverterás a justiça que se deve ao teu pobre na sua causa.
- Guarda-te afastado do que é falso. Não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o perverso.
- Não aceitarás peita, pois ela cega aos que têm vista, e perverte as palavras dos justos.
- Não oprimirás ao peregrino; pois vós conheceis o coração dum peregrino, visto que fostes peregrinos na terra do Egito.
- Seis anos semearás a tua terra, e recolherás os seus frutos;
- porém no sétimo ano a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem que comer; e o que estes deixarem, servirá de mantimento para os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival.
- Seis dias trabalharás, e ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento, e para que se refrigere o filho da tua escrava e o peregrino.
- Em tudo o que vos tenho dito, andai apercebidos; não fareis menção do nome de outros deuses, nem o nome deles se ouça da vossa boca.
- Três vezes no ano me celebrarás uma festa.
- Guardarás a festa dos pães asmos: sete dias comerás pães asmos como te ordenei, ao tempo apontado no mês de Abibe (pois nele saíste do Egito). Ninguém aparecerá diante de mim com as mãos vazias.
- Guardarás a festa da ceifa, das primícias do teu trabalho, do que semeias no campo; e a festa da colheita no fim do ano, quando do campo recolheres os produtos do teu trabalho.
- Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor Jeová.
- Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem ficará a gordura da minha festa durante a noite até pela manhã.
- As primícias dos teus frutos trarás para a casa de Jeová teu Deus. Não cozerás um cabrito no leite de sua mãe.
- Eis que eu envio um anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te introduza no lugar que tenho preparado.
- Estai de sobreaviso diante dele e ouvi a sua voz. Não o provoqueis, porque não perdoará a vossa transgressão; pois nele está o meu nome.
- Mas, se ouvires atentamente a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser; então serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários.
- Porque o meu anjo irá diante de ti, e te introduzirá na terra dos amorreus, dos heteus, dos perizeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus; e destruí-los-ei.
- Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem lhes darás culto, nem farás conforme as suas obras; mas totalmente derribarás e quebrarás em pedaços as suas colunas.
- Servireis a Jeová vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e do meio de vós afastarei as enfermidades.
- Na tua terra não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.
- Enviarei o meu terror diante de ti e trarei confusão sobre todo o povo em cujas terras entrares, e farei que todos os teus inimigos te voltem as costas.
- Enviarei diante de ti vespas, que lançarão de diante de ti os heveus, os cananeus e os heteus.
- Não os lançarei de diante de ti num só ano, para que não fique a terra reduzida a um ermo, e se multipliquem contra ti as feras do campo.
- Pouco a pouco os lançarei de diante de ti, até que te aumentes e possuas a terra por herança.
- Porei os teus termos desde o mar Vermelho até o mar dos filisteus, e desde o deserto até o Rio; pois entregarei às tuas mãos os habitantes da terra, e expulsá-los-ás de diante de ti.
- Não farás aliança com eles, nem com os seus deuses.
- Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; pois, se servires os seus deuses, certamente isso te será um tropeço.
- Disse também Deus a Moisés: Sobe a Jeová, tu, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta anciãos de Israel; e adorai de longe.
- Só Moisés se chegará a Jeová; mas os outros não se chegarão, nem o povo subirá com ele.
- Veio Moisés e referiu ao povo todas as palavras de Jeová e todas as ordenações; todo o povo respondeu a uma voz: Faremos tudo o que Jeová tem dito.
- Moisés escreveu todas as palavras de Jeová e, tendo se levantado de manhã cedo, erigiu um altar ao pé do monte, e doze colunas segundo as doze tribos de Israel.
- Enviou mancebos dentre os filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos, e sacrificaram a Jeová sacrifícios pacíficos de bois.
- Moisés tomou uma metade do sangue, e pô-lo em bacias; e a outra metade aspergiu sobre o altar.
- Tomou o livro da aliança, e leu, ouvindo-o o povo; o qual disse: Faremos tudo o que Jeová tem dito, e seremos obedientes.
- Então, tomando Moisés o sangue, o aspergiu sobre o povo e disse: Eis o sangue da aliança que Jeová fez convosco sob todas estas condições.
- Subiram Moisés e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel;
- viram ao Deus de Israel, e debaixo dos seus pés havia como uma obra de safira lúcida, e como o próprio céu na sua claridade.
- Sobre os nobres dos filhos de Israel Deus não estendeu a mão; eles viram a Deus, comeram e beberam.
- Disse Jeová a Moisés: Sobe a mim ao monte, e deixa-te estar ali; dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei e os mandamentos, que tenho escrito, para que os ensines.
- Levantou-se Moisés com Josué, seu servidor; e subindo Moisés ao monte de Deus,
- disse aos anciãos: Esperai-nos aqui, até que nos tornemos para vós. Eis que Arão e Hur ficam convosco; todo o que tiver uma questão chegue-se a eles.
- Moisés subiu o monte, e uma nuvem cobriu o monte.
- A glória de Jeová descansou sobre o monte de Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; ao sétimo dia do meio da nuvem chamou a Moisés.
- Era a aparência da glória de Jeová como um fogo consumidor sobre o cume do monte aos olhos dos filhos de Israel.
- Tendo entrado Moisés pelo meio da nuvem, subiu o monte; e lá ficou quarenta dias e quarenta noites.
- Disse Jeová a Moisés:
- Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta; de todo o homem cujo coração o impelir a isso, dele tomareis a minha oferta.
- Esta é a oferta, que deles tomareis: ouro, prata, cobre,
- estofo azul, púrpura, escarlata, linho fino, pelos de cabras,
- peles de carneiros tintas de vermelho, peles de animais marinhos, madeira de acácia,
- azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso aromático,
- pedras de ônix e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral.
- Far-me-ão um santuário para que eu habite no meio deles.
- Seguindo em tudo o que eu te mostrar, o modelo do tabernáculo, e o modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o farás.
- Farão uma arca de madeira de acácia; de dois cúbitos e meio será o seu comprimento, de um cúbito e meio a sua largura e de um cúbito e meio a sua altura.
- Cobri-la-ás de ouro puro; por dentro e por fora a cobrirás, e farás sobre ela uma bordadura de ouro.
- Fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos da arca; haverá duas argolas num lado dela, e duas noutro.
- Farás também varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro.
- Meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para com eles se levar a arca.
- Os varais ficarão nas argolas da arca; dela não serão removidos.
- Porás na arca o testemunho que te hei de dar.
- Farás também um propiciatório de ouro puro; de dois cúbitos e meio será o seu comprimento, e de um cúbito e meio a sua largura.
- Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.
- Farás um querubim numa extremidade e outro querubim noutra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os dois querubins nas duas extremidades dele.
- Os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, e tendo as faces voltadas uma a outra; as faces dos querubins olharão para o propiciatório.
- Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro da arca porás o testemunho que te hei de dar.
- Ali virei a ti, e de sobre o propiciatório, do meio dos querubins que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de todas as coisas que eu te ordenar com relação aos filhos de Israel.
- Farás também uma mesa de madeira de acácia; de dois cúbitos será o seu comprimento, de um cúbito a sua largura e de um cúbito e meio a sua altura.
- Cobri-la-ás de ouro puro, e far-lhe-ás uma bordadura de ouro.
- Também lhe farás um rebordo da largura duma mão, ao redor do qual farás uma bordadura de ouro.
- Também lhe farás quatro argolas de ouro, e meterás as argolas nos quatro cantos que estão sobre os seus quatro pés.
- Perto do rebordo estarão as argolas, nas quais se meterão os varais para se levar a mesa.
- Farás, para se levar a mesa com eles, os varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro.
- Também farás os seus pratos, e os seus incensários, e os seus copos e as suas taças em que se hão de oferecer as libações; de ouro puro os farás.
- Porás sobre a mesa os pães da proposição diante de mim perpetuamente.
- Farás também um candeeiro de ouro puro; de ouro batido se fará o candeeiro, tanto o seu pedestal como a sua haste. Os seus copos, as suas maçãs e as suas açucenas formarão com ele uma só peça.
- Seis braços sairão dos seus lados; três braços do candeeiro sairão dum lado dele, e três do outro.
- Num braço haverá três copos a modo de flores de amêndoas, e juntamente uma maçã e uma açucena: assim sucederão com os seis braços que saem do candeeiro.
- No mesmo candeeiro haverá quatro copos a modo de flores de amêndoas, com as suas maçãs e com as suas açucenas.
- Haverá uma maçã sob dois braços, formando com a haste uma só peça, outra maçã sob dois outros, e ainda outra maçã sob os outros dois braços, e assim será com os seis braços que saem do candeeiro.
- As suas maçãs e os seus braços formarão uma só peça com a haste; o todo será de obra batida de ouro puro.
- Farás também as suas lâmpadas, em número de sete, as quais se acenderão para alumiar o espaço em frente do candeeiro.
- As suas espevitadeiras e apagadores serão de ouro puro.
- De um talento de ouro puro se fará o candeeiro com todos estes utensílios.
- Vê que os faças conforme o seu modelo que te foi mostrado no monte.
- Farás o tabernáculo que terá dez cortinas; de linho retorcido, estofo azul, púrpura e escarlata com querubins as farás de obra de desenhista.
- O comprimento de cada cortina será de vinte e oito cúbitos, e a largura de quatro cúbitos; todas as cortinas serão da mesma medida.
- Cinco cortinas serão enlaçadas umas às outras; e as outras cinco da mesma maneira.
- Farás laçadas de estofo azul na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento; e da mesma maneira farás na orla da cortina na extrema do segundo agrupamento.
- Cinquenta laçadas farás numa cortina, e cinquenta na outra cortina no extremo do segundo agrupamento; as laçadas serão contrapostas uma à outra.
- Farás cinquenta colchetes de ouro, e prenderás com os colchetes as cortinas, uma à outra; e o tabernáculo virá a ser um todo.
- Farás também de pelos de cabras onze cortinas para servirem de tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas as farás.
- O comprimento de cada cortina será de trinta cúbitos, e a largura de quatro cúbitos; as onze cortinas terão a mesma medida.
- Ajuntarás à parte cinco cortinas entre si, e da mesma maneira seis cortinas, e dobrarás a sexta cortina parte dianteira da tenda.
- Farás cinquenta laçadas na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento, e cinquenta laçadas na orla da cortina extrema do segundo agrupamento.
- Farás também cinquenta colchetes de cobre e meterás os colchetes nas laçadas, e ajuntarás a tenda, para que venha a ser um todo.
- O resto que sobejar das cortinas da tenda, a saber, a meia cortina que sobejar, penderá às costas do tabernáculo.
- O cúbito dum lado, e o cúbito doutro lado, do que sobejar no comprimento das cortinas da tenda, penderão dum e doutro lado do tabernáculo para o cobrir.
- Farás de peles de carneiros tintas de vermelho também uma coberta para a tenda, e por cima desta uma coberta de peles de animais marinhos.
- Farás também de madeira de acácia as peças para o tabernáculo, que serão colocadas verticalmente.
- De dez cúbitos será o comprimento de uma peça, e cada uma terá um cúbito e meio de largura.
- Em cada peça haverá duas couceiras, unidas uma à outra; assim farás com todas as peças do tabernáculo.
- Fazendo as peças para o tabernáculo, farás vinte para o lado meridional que olha para o sul.
- Farás quarenta bases de prata para se pôr debaixo das vinte peças; duas bases debaixo de uma peça, de maneira que correspondam às duas couceiras dela, e igualmente duas bases debaixo duma outra peça.
- Para o segundo lado do tabernáculo, da banda do norte, farás vinte peças,
- com as suas quarenta bases de prata; duas bases debaixo de uma peça, e duas bases debaixo de outra peça.
- Para o lado posterior do tabernáculo que olha para o ocidente farás seis peças.
- Farás também duas peças para os cantos do tabernáculo na parte posterior.
- Por baixo serão reforçadas uma pela outra, e do mesmo modo em cima até a primeira argola: assim se fará com as duas peças; elas serão para os dois cantos.
- Haverá oito peças com as suas bases de prata, dezesseis bases; duas bases debaixo duma peça e duas bases debaixo doutra peça.
- Travessas farás de madeira de acácia; cinco para as peças dum lado do tabernáculo,
- cinco para as peças do outro lado do tabernáculo e cinco para as peças do tabernáculo ao lado posterior que olha para o ocidente.
- A travessa do meio passará ao meio das peças de uma extremidade à outra.
- Cobrirás de ouro as peças, e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas.
- Levantarás o tabernáculo conforme o modelo que te foi mostrado no monte.
- Farás também um véu de estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido; com querubins, obra de desenhista, se fará.
- Suspendê-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; os seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata.
- Pendurarás o véu por baixo dos colchetes, e trarás para lá, para dentro do véu, a arca do testemunho; o véu vos fará separação entre o santo lugar e o santo dos santos.
- Porás o propiciatório sobre a arca do testemunho no santo dos santos.
- Colocarás a mesa fora do véu, e defronte da mesa o candeeiro ao lado do tabernáculo que olha para o sul; e porás a mesa ao lado do norte.
- Também para a porta da tenda farás um anteparo, de estofo azul, púrpura e escarlata, obra de bordador.
- Para o anteparo farás cinco colunas de madeira de acácia, e as cobrirás de ouro; os seus colchetes serão de ouro, e para elas fundirás cinco bases de cobre.
- E de madeira de acácia farás também um altar que terá cinco cúbitos de comprimento e cinco cúbitos de largura (o altar será quadrado) e terá três cúbitos de altura.
- Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres; os chifres formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de cobre.
- Far-lhe-ás cinzeiros e pás, e bacias, e garfos e braseiros: todos estes utensílios farás de cobre.
- Far-lhe-ás também uma grelha de cobre a modo de gelosia, à qual farás quatro argolas de cobre nos seus quatro cantos.
- Pô-la-ás de sob o rebordo da parte inferior do altar, de maneira que chegue até o meio do altar.
- Farás também varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os cobrirás de cobre.
- Os varais se meterão nas argolas, e estarão de um e outro lado do altar, quando for levado.
- Oco e de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.
- Farás também o átrio do tabernáculo; para um lado, isto é, para o lado meridional que olha para o sul o átrio terá cortinas de linho fino retorcido de cem cúbitos de comprimento;
- as suas colunas serão vinte, e as suas bases vinte, todas feitas de cobre; os ganchos das colunas e as vergas serão de prata.
- Igualmente para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de cem cúbitos de comprimento, e serão vinte as suas colunas, e vinte as suas bases, todas feitas de cobre; os ganchos das colunas e as vergas serão de prata.
- Para a largura do átrio ao lado do ocidente haverá cortinas de cinquenta cúbitos; as colunas serão dez, e as suas bases dez.
- A largura do átrio ao lado oriental que olha para o nascente será de cinquenta cúbitos.
- As cortinas para um lado da entrada serão de quinze cúbitos; as suas colunas serão três e as suas bases três.
- Para o outro lado da entrada haverá cortinas de quinze cúbitos; as suas colunas serão três e as suas bases três.
- Para a entrada do átrio haverá um anteparo de vinte cúbitos, de estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro e as suas bases quatro.
- Todas as colunas ao redor do átrio terão vergas de prata; os seus ganchos serão de prata, e as suas bases de cobre.
- O átrio terá cem cúbitos de comprido, e cinquenta de largo por toda a parte, e cinco de alto; as suas cortinas serão de linho fino retorcido, e as suas bases de cobre.
- Todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, e todos os seus pregos, e todos os pregos do átrio, serão de cobre.
- Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, espremido num gral, para o candeeiro, a fim de manter acesa uma lâmpada continuamente.
- Na tenda da revelação, fora do véu que está diante do testemunho, Arão e seus filhos conservá-la-ão em ordem desde a tarde até pela manhã perante Jeová; este será um estatuto perpétuo a favor dos filhos de Israel pelas suas gerações.
- Faze também chegar a ti Arão, teu irmão, e seus filhos, dentre os filhos de Israel, para me servirem no ofício sacerdotal, a saber, Arão, e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (filhos de Arão).
- Farás vestiduras sagradas para Arão, teu irmão, para glória e formosura.
- Falarás tu a todos os homens hábeis, a quem enchi do espírito de sabedoria, para que façam as vestiduras de Arão para o santificar, a fim de que me sirva no ofício sacerdotal.
- Estas, pois, são as vestiduras que hão de fazer: um peitoral, um éfode, um manto, uma capa variopintada, uma mitra e um cinto. Farão vestiduras sagradas para Arão, teu irmão (e para seus filhos), a fim de que me sirva no ofício sacerdotal.
- Tomarão ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino.
- Farão o éfode de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido, obra de desenhista.
- O éfode terá dois suspensórios que o prendam pelas extremidades, para que seja unido.
- O cinto primorosamente tecido, que está sobre o éfode, com que cingi-lo, será de obra semelhante e formará com ela uma só peça, de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido.
- Tomarás duas pedras de ônix, e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel:
- seis de seis nomes numa pedra e os seus nomes restantes na outra pedra, segundo a ordem do seu nascimento.
- De obra de lapidário, como as gravuras de um selo, gravarás as duas pedras, segundo os nomes dos filhos de Israel; guarnecidas de engastes de ouro as farás.
- Porás as duas pedras sobre os suspensórios do éfode, a fim de que sirvam de pedras de memorial para os filhos de Israel. Arão levará os seus nomes diante de Jeová sobre um e outro ombro para um memorial.
- Farás também engastes de ouro,
- e duas pequenas cadeias de ouro puro; como cordas as farás, de obra tecida; e fixarás as cadeias de obra tecida aos engastes.
- Farás o peitoral do juízo, obra de desenhista; de obra semelhante a do éfode a farás; de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido o farás.
- Ele será quadrado e duplo; de um palmo será o seu comprimento, e de um palmo a sua largura.
- Porás nele pedras de engaste, em quatro fileiras: uma fileira de sárdio, de topázio e de carbúnculo será a primeira;
- e a de esmeralda, de safira e de diamante será a segunda;
- e a de jacinto, de ágata e de ametista será a terceira;
- e a de berilo, de ônix e de jaspe será a quarta: elas serão guarnecidas de ouro nos seus engastes.
- As pedras serão conforme os nomes dos filhos de Israel, doze conforme os seus nomes; serão como as gravuras de um selo, cada um conforme o seu nome, para as doze tribos.
- Sobre o peitoral farás cadeias como cordas, de obra trançada de ouro puro.
- Também sobre o peitoral farás duas argolas de ouro, e porás as duas argolas nas duas extremidades do peitoral.
- As duas cadeias, de obra trançada de ouro, meterás nas duas argolas as extremidades do peitoral.
- As outras duas pontas das duas cadeias, de obra trançada, meterás nos dois engastes, e as porás sobre os suspensórios do éfode pelo lado de fora.
- Farás também duas argolas de ouro, e as porás nas duas extremidades do peitoral na sua orla interior oposta ao éfode.
- Farás outras duas argolas de ouro, e as porás sobre os dois suspensórios do éfode do lado de baixo, na parte dianteira dele, junto à costura, acima do cinto primorosamente tecido do éfode.
- O peitoral com as suas argolas unirão as argolas do éfode por uma fita azul, de modo que fique sobre o cinto, primorosamente tecido, do éfode, e que o peitoral se não separe do éfode.
- Arão levará para memorial diante de Jeová continuamente os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santo lugar.
- Porás no peito do juízo o Urim e o Tumim; eles estarão sobre o coração de Arão, quando entrar perante Jeová. Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante de Jeová continuamente.
- Farás também o manto do éfode todo de estofo azul.
- No meio dele haverá uma abertura para a cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que se não rompa.
- Em toda a orla do manto farás romãs de estofo azul, púrpura e escarlata; e campainhas de ouro no meio delas.
- Haverá em toda a orla do manto uma campainha de ouro e uma romã, outra campainha de ouro e outra romã.
- Este manto estará sobre Arão quando ministrar; e ouvir-se-á o som quando ele entrar no santo lugar perante Jeová e quando sair, e isso para que não morra.
- Farás também uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás, como as gravuras de um selo, SANTIDADE A JEOVÁ.
- Pô-la-ás sobre uma fita azul, e estará sobre a mitra; bem na frente da mitra estará.
- Estará sobre a testa de Arão, e este levará a iniquidade concernente às coisas sagradas, que os filhos de Israel consagrarem em todas as suas santas ofertas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos diante de Jeová.
- Tecerás a túnica, de linho fino variopintado e farás uma mitra de linho fino, e farás um cinto, obra de bordador.
- Para os filhos de Arão farás túnicas, e cintos, e tiaras, para glória e formosura.
- Vestirás com eles a Arão, teu irmão, bem como a seus filhos, e os ungirás, consagrarás e santificarás, para que me sirvam no ofício sacerdotal.
- Far-lhe-ás também calções de linho, para cobrirem as suas partes; estender-se-ão desde os rins até as coxas.
- Estarão sobre Arão e sobre seus filhos quando entrarem na tenda da revelação, ou quando se aproximarem do altar para ministrar no santo lugar; a fim de que não sejam réus de iniquidade e morram. Isto será estatuto perpétuo para ele e para a sua posteridade depois dele.
- Isto é o que lhes farás para os santificar, a fim de que me sirvam no ofício sacerdotal: toma um novilho e dois carneiros sem defeito,
- e pães asmos, e bolos asmos, amassados com azeite, e obreias asmas, untadas com azeite; de flor de farinha de trigo os farás.
- Pô-los-ás num só cesto, e no cesto os trarás; trarás juntamente o novilho e os dois carneiros.
- Então farás que Arão e seus filhos se aproximem da entrada da tenda da revelação, e os lavarás com água.
- Tomarás os vestidos, e vestirás a Arão da túnica, do manto do éfode, do éfode e do peitoral, e o cingirás com o cinto, primorosamente tecido, do éfode;
- pôr-lhe-ás a mitra na cabeça, e sobre a mitra porás a coroa de santidade.
- Então tomarás o azeite da unção, e lho derramarás sobre a cabeça, e o ungirás.
- Farás também que se aproximem os filhos de Arão, e vesti-los-ás de túnicas.
- Cingi-los-ás com cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras. Por um estatuto perpétuo eles terão o sacerdócio; e sagrarás a Arão e a seus filhos.
- Farás chegar o novilho diante da tenda da revelação; e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho.
- Matarás o novilho perante Jeová à entrada da tenda da revelação.
- Depois tomarás do sangue do novilho, e com o teu dedo o porás sobre os chifres do altar; todo o resto do sangue derramá-lo-ás ao pé do altar.
- E tomarás toda a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins e a gordura que está por cima deles, e queimá-los-ás sobre o altar.
- Mas a carne do novilho, o seu couro e o seu excremento, queimá-los-ás com fogo fora do arraial; é oferta pelo pecado.
- Tomarás também um carneiro; e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do carneiro.
- Matarás o carneiro, e tomarás o seu sangue, e o aspergirás sobre o altar ao redor.
- Cortarás o carneiro em seus pedaços e, lavados os seus intestinos e as suas pernas, pô-los-ás sobre os seus pedaços e sobre a sua cabeça.
- Então queimarás o carneiro todo sobre o altar; é holocausto para Jeová; é cheiro suave, oferta queimada a Jeová.
- Tomarás também o outro carneiro; e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do carneiro.
- Então matarás o carneiro, e tomarás do seu sangue e pô-lo-ás sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre a ponta da orelha direita de seus filhos, e sobre os dedos polegares das suas mãos direitas, e sobre os dedos polegares dos seus pés direitos, e aspergirás o sangue sobre o altar ao redor.
- Tomarás do sangue que está no altar, e do óleo da unção, e o aspergirás sobre Arão e sobre os seus vestidos, e sobre seus filhos, e sobre os vestidos de seus filhos. Ele será santificado, e os seus vestidos, e seus filhos, e os vestidos de seus filhos.
- Do carneiro tomarás a gordura, a cauda grossa, a gordura que cobre os intestinos, o redenho do fígado, os dois rins, a gordura que está por cima deles, e a coxa direita (pois é carneiro de consagração),
- e uma fogaça de pão, um bolo amassado em azeite e uma obreia, do cesto dos pães asmos que está diante de Jeová.
- Porás todas estas coisas sobre as mãos de Arão e sobre as mãos de seus filhos, e as oferecerás por oferta movida diante de Jeová.
- Depois as tomarás das suas mãos e as queimarás no altar sobre o holocausto, por cheiro suave diante de Jeová; é oferta queimada a Jeová.
- Tomarás o peito do carneiro de consagração, que é de Arão, e o oferecerás por oferta movida diante de Jeová; esta será a tua porção.
- Santificarás o peito, a oferta movida, e a coxa, a oferta alçada, do carneiro de consagração, a saber, do carneiro que é para Arão e para seus filhos.
- Isto será a porção que os filhos de Israel deverão a Arão e a seus filhos para sempre; pois é oferta alçada. A sua oferta alçada a Jeová será a oferta que os filhos de Israel tirarem dos sacrifícios das suas ofertas pacíficas.
- Os vestidos sagrados de Arão ficarão sendo para seus filhos depois dele, para serem ungidos e para serem sagrados neles.
- Por sete dias os vestirá o filho que for sacerdote em seu lugar, quando entrar na tenda da revelação para ministrar no santo lugar.
- Tomarás o carneiro de consagração e cozerás a sua carne em lugar santo.
- Arão e seus filhos comerão a carne do carneiro, e o pão que está no cesto, à entrada da tenda da revelação.
- Eles comerão aquelas coisas com que se fez expiação, para os consagrar e para os santificar; porém o estrangeiro não comerá delas, porque são santas.
- Se sobrar da carne da consagração, ou do pão, até pela manhã, queimarás com fogo o que sobejar; não se comerá, porque é santo.
- Assim, pois, farás a Arão e a seus filhos conforme a tudo que te hei ordenado; por sete dias os sagrarás.
- Cada dia oferecerás para expiação o novilho que se oferece como oferta pelo pecado. Purificarás o altar, quando a favor dele fizeres expiação; e ungirás o altar, para o santificar.
- Por sete dias farás expiação pelo altar, e o santificarás. O altar será santíssimo; todo o que o tocar, será santificado.
- Isto é o que oferecerás sobre o altar: continuamente, cada dia, dois cordeiros dum ano.
- Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás de tarde;
- com um cordeiro a décima parte de um efa de flor de farinha, misturada com a quarta parte dum him de azeite espremido num gral; e para oferta de libação, a quarta parte dum him de vinho.
- O outro cordeiro oferecerás de tarde, e com ele farás conforme a oferta matutina de flor de farinha e conforme a sua oferta de libação, como cheiro suave, oferta queimada a Jeová.
- Este será o holocausto contínuo, por vossas gerações, à entrada da tenda da revelação, diante de Jeová, onde virei a vós, para falar contigo ali.
- Ali virei aos filhos de Israel; e a tenda será santificada pela minha glória.
- Santificarei a tenda da revelação e o altar; também santificarei a Arão e a seus filhos, para que me sirvam no ofício sacerdotal.
- Habitarei no meio dos filhos de Israel, e serei o seu Deus.
- Eles saberão que eu sou Jeová seu Deus que os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu sou Jeová seu Deus.
- Farás também um altar para queimares sobre ele o incenso; de madeira de acácia o farás.
- Terá um cúbito de comprido, e um cúbito de largo (será quadrado) e dois cúbitos de alto: os chifres formarão uma só peça com ele.
- Cobri-lo-ás de ouro puro, a sua parte superior, os seus lados ao redor e os seus chifres; e lhe farás uma bordadura de ouro.
- Também lhe farás duas argolas de ouro debaixo da bordadura; em ambos os lados as farás; e nelas se meterão os varais para se levar o altar.
- De madeira de acácia farás os varais, e os cobrirás de ouro.
- Porás o altar em frente do véu que está junto à arca do testemunho, diante do propiciatório que se acha sobre o testemunho, onde virei a ti.
- Arão queimará sobre o altar incenso aromático; todos os dias de manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará.
- Quando à tarde acender as lâmpadas, o queimará; será incenso perpétuo diante de Jeová pelas vossas gerações.
- Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocaustos, nem oferta de flor de farinha; e não derramareis sobre ele ofertas de libação.
- Uma vez no ano Arão fará expiação sobre os chifres do altar; com o sangue da oferta pelo pecado, que é oferecido pela expiação, uma vez no ano pelas vossas gerações fará pelo altar expiação; santíssimo é a Jeová.
- Disse mais Jeová a Moisés:
- Quando fizeres o alistamento dos filhos de Israel, de acordo com o número deste alistamento, cada um deles dará a Jeová o resgate de sua alma, quando os alistares; para que não haja entre eles praga alguma por ocasião do alistamento.
- Isto darão (cada um que passa para o número daqueles que são alistados), meio siclo segundo o siclo do santuário (o siclo tem vinte óbolos); oferecer-se-á a Jeová meio siclo.
- Todo aquele que passa para o número dos que são alistados de vinte anos para cima, pagará a oferta de Jeová.
- O rico não dará mais, nem o pobre dará menos, do que o meio siclo, quando derem a oferta de Jeová, para fazerdes expiação pelas vossas almas.
- Dos filhos de Israel tomarás o dinheiro da expiação, e designá-lo-ás para o serviço da tenda da revelação; para que sirva de memorial a favor dos filhos de Israel diante de Jeová, a fim de fazerdes expiação pelas vossas almas.
- Disse mais Jeová a Moisés:
- Farás uma bacia de cobre e a sua base de cobre, para lavatório. Colocá-la-ás entre a tenda da revelação e o altar, e nela deitarás água.
- Junto a ela Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés;
- quando entrarem na tenda da revelação, lavar-se-ão com água, para que não morram; ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para fazer uma oferta queimada a Jeová.
- Lavarão as mãos e os pés, para que não morram; isto lhes será por estatuto perpétuo, a ele e à sua posteridade.
- Disse mais Jeová a Moisés:
- Toma as principais especiarias: de mirra pura quinhentos siclos, de cinamomo aromático a metade, isto é, duzentos e cinquenta siclos, de cálamo aromático duzentos e cinquenta siclos,
- e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira a medida de um him.
- Farás um óleo sagrado para as unções, um perfume composto segundo a arte do perfumista; será um óleo sagrado para as unções.
- Ungirás com ele a tenda da revelação, e a arca do testemunho,
- e a mesa com todos os seus utensílios, e o candeeiro com os seus utensílios, e o altar de incenso,
- e o altar dos holocaustos com todos os seus utensílios e a bacia com a sua base.
- Santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; aquele que as tocar será santificado.
- Ungirás a Arão e a seus filhos e os santificarás, para que me sirvam no ofício sacerdotal.
- Dirás aos filhos de Israel: Este me será o óleo sagrado para as unções por toda a vossa posteridade.
- Não se ungirá com ele a carne do homem, nem fareis outro semelhante, da mesma composição; é sagrado, e será sagrado para vós.
- Qualquer homem que fizer outro semelhante, ou ungir com ele a um estrangeiro, será exterminado do meio do seu povo.
- Disse mais Jeová a Moisés: Toma especiarias aromáticas: estoraque, onicha e gálbano; especiarias aromáticas com incenso puro. Cada uma delas será de igual peso;
- e delas farás um incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo.
- Uma parte dele reduzirás a pó e o porás diante do testemunho na tenda da revelação, onde virei a ti; será para vós santíssimo.
- O incenso que fareis, segundo a composição deste não o fareis para vós mesmos; considerá-lo-eis sagrado a Jeová.
- O homem que fizer tal como este para o cheirar, será exterminado do meio do seu povo.
- Disse mais Jeová a Moisés:
- Eis que chamei por nome Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá;
- e o enchi do espírito de Deus, no tocante à sabedoria, à inteligência, à ciência e a toda a sorte de obras,
- para fazer invenções, para trabalhar em ouro, em prata e em cobre,
- para gravar pedras de engaste, para entalhar madeiras e para trabalhar em toda a sorte de obras.
- Eis que eu designei juntamente com ele a Aoliabe e filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e pus a sabedoria nos corações de todos os homens hábeis, para fazerem tudo o que eu tenho ordenado:
- a tenda da revelação, e a arca do testemunho, e o propiciatório que está por cima dela, e todos os móveis da tenda,
- e a mesa com os seus utensílios, e o candeeiro puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso,
- e o altar do holocausto com todos os seus utensílios, e a bacia com a sua base,
- e os vestidos finamente tecidos e os vestidos sagrados do sacerdote Arão e os vestidos de seus filhos, para quando se empregarem no ofício sacerdotal,
- e o óleo da unção, e o incenso aromático para o santo lugar: eles farão conforme tudo o que tenho ordenado.
- Disse mais Jeová a Moisés:
- Falarás também aos filhos de Israel: Certamente guardareis os meus sábados; pois este é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações; para que saibais que eu sou Jeová que vos santifico.
- Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós. Aquele que o profanar, certamente será morto; pois todo o homem que trabalhar neste dia será exterminado do meio do seu povo.
- Seis dias se trabalhará; porém no sétimo dia é um sábado de descanso solene, consagrado a Jeová; todo o que trabalhar neste dia, certamente será morto.
- Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, para o observarem pelas suas gerações, como pacto perpétuo.
- É um sinal perpétuo entre mim e os filhos de Israel; pois em seis dias fez Jeová o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou e achou refrigério.
- Deu a Moisés, depois que acabara de falar com ele no monte Sinai, as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.
- Mas o povo, vendo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois quanto a este Moisés, a esse homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe terá acontecido.
- Respondeu-lhes Arão: Tirai as arrecadas de ouro, que vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas têm nas orelhas, e trazei-mas.
- Todo o povo tirou as arrecadas de ouro que tinham nas orelhas, trazendo-as a Arão.
- Ele as tomou das mãos deles, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro fundido. Então eles disseram: Estes são, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.
- Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele, fez uma proclamação e disse: Amanhã será festa solene a Jeová.
- Levantando-se de manhã cedo, ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; o povo sentou-se a comer e a beber, e levantou-se a folgar.
- Então disse Jeová a Moisés: Vai tu, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu.
- Bem depressa se desviou do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro fundido, adoraram-no e, oferecendo-lhe sacrifícios, disseram: Estes são, ó Israel, os deuses que te fizeram subir da terra do Egito.
- Disse mais Jeová a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de cerviz dura.
- Agora deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles, e para que eu os consuma; e de ti farei uma grande nação.
- Porém Moisés suplicou a Jeová seu Deus, dizendo: Por que se acende a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e com uma poderosa mão?
- Porque diriam os egípcios: Para mal os tirou, a fim de os matar nos montes, e a fim de os consumir da face da terra? Volve-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo.
- Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, a quem por ti mesmo juraste e disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas do céu, e toda esta terra de que tenho falado, a darei a vossa descendência, e a herdarão para sempre.
- Então Jeová se arrependeu do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.
- Em seguida virou-se Moisés e desceu do monte, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho; tábuas estas escritas de ambas as bandas; de uma e de outra banda estavam escritas.
- As tábuas eram obra de Deus, e a escritura era a mesma escritura de Deus, gravada nas tábuas.
- Ouvindo Josué a voz do povo quando gritava, disse a Moisés: Há um alarido de guerra no arraial.
- Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, porém alarido dos que cantam é o que ouço.
- Logo que se aproximou do arraial, viu o bezerro e as danças; acendeu-se-lhe a ira, e arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte.
- Pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o no fogo, e o reduziu a pó que lançou na água e deu a beber aos filhos de Israel.
- Perguntou Moisés a Arão: Que te fez este povo, que sobre ele trouxeste um pecado enorme?
- Respondeu-lhe Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que o povo é propenso para o mal.
- Pois me disseram: Faze-nos deuses, que irão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe terá acontecido.
- Então eu lhes disse: Todos os que têm ouro, arranquem-no. Assim mo deram; eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro.
- Vendo Moisés que o povo estava desenfreado (pois Arão os desenfreou para serem mofados no meio dos seus inimigos),
- pôs em pé à entrada do arraial e disse: Quem está do lado de Jeová, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.
- Depois lhes disse: Assim diz Jeová, o Deus de Israel: Cada um cinja a sua espada sobre a coxa. Passai e tornai a passar de porta pelo meio do arraial, e cada um mate a seu irmão, e cada um a seu companheiro, e cada um a seu vizinho.
- Fizeram os filhos de Levi conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo naquele dia quase três mil homens.
- Moisés disse: Consagrai-vos hoje a Jeová, cada um contra seu filho, cada um contra seu irmão; para que ele vos conceda neste dia uma bênção.
- No dia seguinte disse Moisés ao povo: Vós cometestes um grande pecado. Agora subirei a Jeová; porventura farei expiação pelo vosso pecado.
- Voltou Moisés a Jeová e disse: Oh! Este povo cometeu um grande pecado, e fez para si deuses de ouro.
- Agora, pois, perdoa o seu pecado…; ou, se não, risca-me do teu livro que escreveste.
- Respondeu Jeová a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que tiver pecado contra mim.
- Vai agora e conduze o povo ao lugar de que eu te falei. Eis que o meu anjo irá adiante de ti; todavia no dia da minha visitação, castigarei o seu pecado.
- Feriu, pois, Jeová ao povo, porque fizeram o bezerro que Arão fabricara.
- Disse mais Jeová a Moisés: Vai, sobe deste lugar, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, Isaque e Jacó, dizendo: À tua posteridade a darei.
- Enviarei um anjo adiante de ti; e lançarei fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os perizeus, os heveus e os jebuseus.
- Sobe para uma terra que mana leite e mel. Eu não subirei no meio de ti, porque és povo de cerviz dura; para que não te consuma eu no caminho.
- Ouvindo o povo estas más notícias pôs-se a prantear; e ninguém vestiu os seus atavios.
- Pois Jeová disse a Moisés: Dize aos filhos de Israel: Tu és um povo de cerviz dura. Se por um só momento eu subir no meio de ti, te consumirei; portanto tira de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.
- Então os filhos de Israel tiraram de si os seus atavios desde o monte Horebe em diante.
- Ora Moisés costumava tomar a tenda e armá-la fora do arraial, bem longe do arraial; e chamou-lhe a tenda da revelação. Todo aquele que buscava a Jeová, saía à tenda da revelação, que estava fora do arraial.
- Quando Moisés saía fora à tenda, levantava-se todo o povo e ficava em pé, cada um à entrada da sua tenda, e via a Moisés pelas costas, até entrar ele na tenda.
- Entrando Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e parava à entrada da tenda; e Jeová falava com Moisés.
- Viu todo o povo a coluna de nuvem que estacionava à entrada da tenda; todo o povo levantou-se e adorou, cada um à entrada da sua tenda.
- Falava Jeová a Moisés cara a cara, como um homem fala ao seu amigo. Depois voltou Moisés ao arraial; porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda.
- Moisés disse a Jeová: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo; e não me declaras quem hás de enviar comigo. Contudo tu disseste: Conheço-te pelo teu nome, também achaste graça aos meus olhos.
- Agora se achei graça aos teus olhos, mostra-me neste momento os teus caminhos, para que eu te conheça, a fim de achar eu graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo.
- Respondeu-lhe: A minha face irá contigo, e eu te darei descanso.
- Disse-lhe Moisés: Se a tua face não for comigo, não nos faças subir deste lugar.
- Pois como se poderá saber que achamos graça aos teus olhos, eu e teu povo? Porventura não é em andares tu conosco, de modo que somos separados, eu e teu povo, de todos os povos que se acham sobre a face da terra?
- Disse Jeová a Moisés: Farei também isto que disseste; porque achaste graça aos meus olhos, e te conheço pelo teu nome.
- Prosseguiu Moisés: Mostra-me a tua glória.
- Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome de Jeová; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.
- Continuou: Não poderás ver a minha face, porque o homem não pode ver a minha face e viver.
- Disse mais Jeová: Eis aqui está um lugar perto de mim, e tu estarás sobre a penha.
- Quando passar a minha glória, te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a mão, até que eu tenha passado.
- Depois tirarei a mão, e me verás pelas costas; porém a minha face não se verá.
- Disse Jeová ainda a Moisés: Lavra-te duas tábuas de pedra como as primeiras; e escreverei sobre as tábuas as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste.
- Está pronto pela manhã: pela manhã sobe ao monte Sinai, e apresenta-te a mim ali no cume do monte.
- Ninguém subirá contigo, nem seja visto homem algum por todo o monte, nem se apascentem defronte daquele monte ovelhas ou bois.
- Lavrou Moisés duas tábuas de pedra como as primeiras; e levantando-se de manhã cedo, subiu ao monte Sinai, conforme Jeová lhe tinha ordenado, e tomou na sua mão as duas tábuas de pedra.
- Tendo Jeová descido na nuvem, esteve com ele ali e proclamou o nome de Jeová.
- Passando Jeová por diante dele, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade;
- que guarda beneficência em milhares, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado; e que de maneira alguma terá por inocente o culpado, visitando a iniquidade dos pais nos filhos, e nos filhos dos filhos, na terceira e na quarta geração.
- Então Moisés se apressou e, curvando-se para a terra, adorou.
- Disse: Senhor, se agora achei graça aos teus olhos, vai, Senhor, no meio de nós (porque este povo é de dura cerviz). Perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança.
- Respondeu Jeová: Eis que eu faço uma aliança. Diante de todo o teu povo farei prodígios, quais não têm sido feitos em toda a terra, nem em nação alguma; todo este povo, no meio do qual estás, verá a obra de Jeová, porque coisa terrível é o que faço contigo.
- Observa o que te ordeno hoje: eis que lanço fora de diante de ti os amorreus, os cananeus, os heteus, os perizeus, os heveus e os jebuseus.
- Guarda-te que não faças aliança com os habitantes da terra para onde vais, para que não seja por laço no meio de ti.
- Porém derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas e cortareis os seus aserins
- (pois não adorarás a nenhum outro Deus); porque Jeová, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso;
- guarda-te que não faças aliança com os habitantes da terra: não suceda que, quando idolatrarem eles os seus deuses, e sacrificarem aos seus deuses, alguém te convide, e comas do que ele sacrifica.
- Não tomes mulheres de suas filhas para teus filhos, para que, idolatrando suas filhas aos seus deuses, façam que teus filhos idolatrem aos seus deuses.
- Não farás para ti deuses fundidos.
- Observarás a festa dos pães asmos. Sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque no mês de Abibe é que saíste do Egito.
- Todo o que abre a madre é meu; e todo o teu gado que é macho, que abre a madre de vacas ou de ovelhas.
- O primogênito da jumenta, remi-lo-ás com um cordeiro; se o não remires, quebrar-lhe-ás a cerviz. Remirás todos os primogênitos de teus filhos. Ninguém aparecerá diante de mim com as mãos vazias.
- Seis dias trabalharás, porém ao sétimo dia descansarás; no tempo de arar e no tempo de ceifar descansarás.
- Observarás a festa das semanas, isto é, das primícias da ceifa de trigo, e a festa de colheita no fim do ano.
- Três vezes no ano aparecerão todos os teus primogênitos diante do Senhor Jeová, Deus de Israel.
- Porque lançarei fora as nações de diante de ti, e aumentarei os teus limites; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer perante Jeová teu Deus três vezes no ano.
- Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado; nem ficará até pela manhã o sacrifício da festa da Páscoa.
- As primeiras das primícias da tua terra trarás à casa de Jeová teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
- Então disse Jeová a Moisés: Escreve estas palavras; porque conforme o teor destas palavras fiz aliança contigo e com Israel.
- Moisés esteve ali com Jeová quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão nem bebeu água. Escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.
- Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as tábuas do testemunho, sim quando desceu do monte, e não sabia Moisés que a pele do seu rosto brilhava, pelo motivo de haver Deus falado com ele.
- Quando Arão e todos os filhos de Israel viram a Moisés, eis que brilhava a pele do seu rosto, e tiveram medo de se chegar a ele.
- Então Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes da congregação voltaram a ele, e Moisés lhes falou.
- Depois vieram a ele todos os filhos de Israel, e ordenou-lhes tudo o que lhe falara Jeová no monte Sinai.
- Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto.
- Mas, entrando perante Jeová para falar com ele, tirava o véu até sair; e saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe era ordenado.
- Viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, que a pele do seu rosto brilhava; e tornava Moisés a pôr o véu sobre o seu rosto até entrar a falar com Ele.
- Tendo Moisés convocado toda a congregação dos filhos de Israel, disse-lhes: Estas são as coisas que Jeová ordenou que se fizessem.
- Seis dias se trabalhará, porém ao sétimo dia haverá para vós um dia santo, um sábado de descanso solene a Jeová; todo o que nele fizer qualquer trabalho será morto.
- Não acendereis fogo em nenhuma das vossas casas no dia de sábado.
- Disse mais Moisés a toda a congregação dos filhos de Israel: Isto é o que Jeová ordenou, dizendo:
- Tomai de entre vós uma oferta para Jeová. Quem for bem disposto a trará como oferta a Jeová: ouro, prata, cobre,
- estofo azul, púrpura, escarlata, linho fino, pelos de cabras,
- peles de carneiros tintas de vermelho, peles de animais marinhos, madeira de acácia,
- azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático,
- pedras de ônix e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral.
- Venha todo o homem hábil dentre vós, e faça tudo o que Jeová ordenou:
- o tabernáculo com a sua tenda, e a sua coberta, os seus ganchos, as suas peças, as suas travessas, as suas colunas e as suas bases;
- a arca e os seus varais, o propiciatório e o anteparo;
- a mesa e os seus varais, e todos os seus utensílios, e os pães da proposição;
- o candeeiro para a luz, e os seus utensílios, e as suas lâmpadas, e o azeite para a luz;
- o altar do incenso, e os seus varais, e o óleo da unção, e o incenso aromático, e o anteparo para a entrada, à entrada do tabernáculo;
- o altar do holocausto e a sua grelha de cobre, os seus varais e todos os seus utensílios, a bacia e a sua base;
- as cortinas do átrio, as suas colunas e as suas bases, e o anteparo para a porta do átrio;
- os pregos do tabernáculo, e os pregos do átrio, e as suas cordas;
- os vestidos finamente tecidos, de que se usam no ministério dentro do santo lugar, os vestidos sagrados do sacerdote Arão, e os vestidos de seus filhos, para quando se empregarem no ofício sacerdotal.
- Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés.
- Veio todo o homem, cujo coração o incitou e cujo espírito o impeliu a isso, e trouxe a oferta a Jeová para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para os vestidos sagrados.
- Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, e trouxeram gargantilhas, arrecadas, anéis, braceletes, todas as joias de ouro; a saber, todo o homem que fez uma oferta de ouro a Jeová.
- Todo o homem, em cujo poder se achava estofo azul, púrpura, escarlata, linho fino, pelos de cabras, peles de carneiros tintas de vermelho e peles de animais marinhos, ele os trazia.
- Trazia a oferta a Jeová todo aquele que fazia uma oferta de prata ou de cobre; e todo o homem em cujo poder se achava madeira de acácia para qualquer obra do serviço, a trazia.
- Todas as mulheres que eram hábeis, fiavam com as suas mãos, e traziam o que tinham fiado, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino.
- Todas as mulheres hábeis fiavam os pelos de cabras.
- Os príncipes traziam as pedras de ônix e as pedras de engaste para o éfode e para o peitoral,
- e as especiarias, e o azeite para a luz, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático.
- Os filhos de Israel trouxeram uma oferta voluntária a Jeová; a saber, todo o homem e mulher, cujo coração os dispôs para trazerem uma oferta para toda a obra que Jeová tinha ordenado se fizesse por intermédio de Moisés.
- Disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que Jeová chamou por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá;
- e o encheu do espírito de Deus, no tocante à sabedoria, à inteligência, à ciência e a toda a sorte de obras,
- para fazer invenções, para trabalhar em ouro, em prata e em cobre,
- para gravar pedras de engaste, para entalhar madeiras, e para trabalhar em toda a sorte de obras finas.
- Pôs-lhes no coração a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, o poder de ensinar.
- A estes encheu da sabedoria do coração para fazerem toda a sorte de obras, seja de gravador, de desenhista, do bordador em estofo azul, em púrpura, em escarlata e em linho fino, e de tecelão sim para fazerem toda a sorte de obra e a daqueles que fazem invenção.
- Bezalel e Aoliabe trabalharão, e todo o homem hábil, a quem Jeová deu sabedoria e inteligência para saberem fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme tudo o que Jeová tem ordenado.
- Moisés chamou a Bezalel e a Aoliabe, e a todo o homem hábil, em cujo coração Jeová tinha posto sabedoria, isto é, a todo o homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la.
- Estes receberam de Moisés a oferta toda, que os filhos de Israel tinham trazido para a obra do serviço do santuário, a fim de fazê-la. Ainda todos os dias pela manhã trazia-lhe o povo ofertas voluntárias.
- Deixando cada um a sua obra que fazia, vieram todos os homens sábios, que se ocupavam em toda a obra do santuário;
- e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra, que Jeová ordenou que se fizesse.
- Deu ordem, pois, Moisés (e fizeram que a ordem fosse proclamada por todo o arraial), dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais.
- Pois a matéria que tinham era suficiente para fazer toda a obra, e ainda sobejava.
- Todo o homem hábil, entre os que faziam a obra, construiu o tabernáculo com dez cortinas; fê-las de linho fino retorcido, estofo azul, púrpura e escarlata, com querubins que são obra de desenhista.
- O comprimento de cada cortina era de vinte e oito cúbitos, e a largura de cada cortina de quatro cúbitos; todas as cortinas eram de uma mesma medida.
- Ajuntou cinco cortinas uma com outra; e as outras cinco da mesma maneira.
- Fez laçadas de estofo azul na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento; da mesma maneira fez na orla da cortina extrema do segundo agrupamento.
- Cinquenta laçadas fez numa cortina, e cinquenta laçadas na cortina extrema do segundo agrupamento; as laçadas eram contrapostas uma a outra.
- Fez cinquenta colchetes do ouro, e com os colchetes prendeu as cortinas uma a outra; assim o tabernáculo veio a ser um todo.
- Fez também de pelos de cabras cortinas para servir de tenda sobre o tabernáculo; onze cortinas fez.
- O comprimento de cada cortina era de trinta cúbitos, e a largura de cada cortina de quatro cúbitos; as onze cortinas tinham uma mesma medida.
- Ajuntou à parte cinco cortinas entre si, e da mesma maneira seis cortinas.
- Fez cinquenta laçadas na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento, e cinquenta laçadas na orla da cortina extrema do segundo agrupamento.
- Fez cinquenta colchetes de cobre para ajuntar a tenda, a fim de que viesse a ser um todo.
- Fez de peles de carneiros, tintas de vermelho, uma coberta para a tenda, e por cima destas uma coberta de peles de animais marinhos.
- Fez também de madeira de acácia as peças para o tabernáculo, que eram colocadas verticalmente.
- De dez cúbitos era o comprimento de uma peça, e cada uma tinha um cúbito e meio de largura.
- Em cada peça havia duas couceiras unidas uma a outra; assim fez com todas as peças do tabernáculo.
- Fez as peças para o tabernáculo: vinte peças para o lado meridional que olha para o sul.
- Fez quarenta bases de prata para se pôr debaixo das vinte peças: duas bases debaixo de uma peça, de maneira que correspondessem às duas couceiras dela, igualmente duas bases debaixo de outra peça.
- Para o segundo lado do tabernáculo, da banda do norte, fez vinte peças,
- e as suas quarenta bases de prata; duas bases debaixo de uma peça, e duas bases debaixo de outra peça.
- Para o lado posterior do tabernáculo, que olha para o ocidente, fez seis peças.
- Fez também duas peças para os cantos do tabernáculo na parte posterior.
- Por baixo eram reforçadas uma pela outra; e do mesmo modo em cima até a primeira argola: assim fez com as duas peças nos dois cantos.
- Assim havia oito peças com as suas bases de prata, dezesseis bases; duas bases debaixo de cada peça.
- Também de madeira de acácia fez travessas; cinco para as peças dum lado do tabernáculo,
- cinco para as peças do outro lado do tabernáculo, e cinco para as peças do tabernáculo ao lado posterior que olha o ocidente.
- Fez a travessa do meio passar ao meio das peças de uma extremidade à outra.
- Cobriu de ouro as peças, e de ouro fez as suas argolas pelas quais passaram as travessas; e cobriu também de ouro as travessas.
- Fez também o véu de estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido; com querubins, obra de desenhista, o fez.
- Suspendeu o véu sobre quatro colunas de madeira de acácia, e cobriu-as de ouro; os seus ganchos eram de ouro, e fundiu de prata as suas quatro bases.
- Também para a porta da tenda fez um anteparo de estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido, obra de bordador,
- e as suas cinco colunas e os seus ganchos. De ouro cobriu os seus capitéis e as suas vergas; e as suas cinco bases eram de cobre.
- Bezalel fez também de madeira de acácia a arca; de dois cúbitos e meio era o seu comprimento, de um cúbito e meio a sua largura e de um cúbito e meio a sua altura.
- Cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora, e fez sobre ela uma bordadura de ouro.
- Fundiu para ela quatro argolas de ouro seus quatro cantos; a saber, duas argolas num lado dela, e duas noutro.
- Fez também varais de madeira de acácia, e cobriu-os de ouro.
- Meteu os varais nas argolas ao lado da arca, para se levar a arca.
- Fez também um propiciatório de ouro puro; de dois cúbitos e meio era o seu comprimento, e de um cúbito e meio a sua largura.
- Fez dois querubins de ouro; de ouro batido os fez, nas duas extremidades do propiciatório:
- um querubim numa extremidade, e o outro querubim na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fez os querubins nas duas extremidades dele.
- Os querubins estendiam as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, e tendo as faces voltadas uma à outra; as faces dos querubins olhavam para o propiciatório.
- De madeira de acácia fez a mesa: de dois cúbitos era o seu comprimento, de um cúbito a sua largura e de um cúbito e meio a sua altura;
- Cobriu-a de ouro puro, e fez-lhe uma bordadura de ouro.
- Fez-lhe também um rebordo da largura de uma mão, ao redor do qual fez uma bordadura de ouro.
- Fundiu-lhe também quatro argolas de ouro, e meteu as argolas nos quatro cantos que estavam sobre os seus quatro pés.
- Perto do rebordo estavam as argolas, nas quais se meteram os varais para se levar a mesa.
- Fez, para se levar a mesa, os varais de madeira de acácia, e cobriu-os de ouro.
- De ouro puro fez os utensílios que estavam sobre a mesa: os seus pratos, os seus incensários, os seus copos e as suas taças em que se hão de oferecer as libações.
- De ouro puro fez também o candeeiro; de ouro batido o fez, tanto o seu pedestal como a sua haste; os seus copos, as suas maçãs e as suas açucenas formavam com ele uma só peça.
- Seis braços saíam dos seus lados: três braços do candeeiro saíam de um lado dele, e três do outro.
- Num braço havia três copos a modo de flores de amêndoas, uma maçã e uma açucena; igualmente no outro braço três copos a modo de flores de amêndoas, uma maçã e uma açucena: assim sucederam com os seis braços que saíam do candeeiro.
- No mesmo candeeiro havia quatro copos a modo de flores de amêndoas com as suas maçãs e com as suas açucenas.
- Havia uma maçã sob dois braços, que formava com a haste uma só peça, e outra maçã sob dois outros, e ainda outra maçã sob os outros dois, e assim se fazia para os seis braços que saíam da haste.
- As suas maçãs e os seus braços formavam uma só peça com a haste; o todo era de obra batida de ouro puro.
- De ouro puro fez também as suas lâmpadas, em número de sete, as suas espevitadeiras e os seus apagadores.
- De um talento de ouro puro fez o candeeiro e todos os seus utensílios.
- De madeira de acácia fez o altar do incenso; de um cúbito era o seu comprimento e de um cúbito a sua largura (era quadrado) e de dois cúbitos era a sua altura; os seus chifres formavam uma só peça com ele.
- Cobriu-o de ouro puro: a sua parte superior, os seus lados ao redor e os seus chifres; e fez-lhe uma bordadura de ouro.
- Fez-lhe também duas argolas de ouro debaixo da bordadura, em ambos os lados dele, e nelas se meteram os varais para se levar o altar.
- De madeira de acácia fez os varais, e os cobriu de ouro.
- Fez também o óleo sagrado para as unções, e o incenso puro de especiarias aromáticas, segundo a arte de perfumista.
- Fez também de madeira de acácia o altar do holocausto; de cinco cúbitos era o seu comprimento e de cinco cúbitos a sua largura (era quadrado) e de três cúbitos a sua altura.
- Dos quatro cantos dele fez levantar-se quatro chifres; os seus chifres formavam com ele uma só peça; e cobriu-o de cobre.
- Fez todos os utensílios do altar: os cinzeiros, as pás, as bacias, os garfos e os braseiros; de cobre fez todos os utensílios do altar.
- Fez para o altar uma grelha a modo de gelosia abaixo do rebordo da parte inferior, a qual chegava até o meio do altar.
- Fundiu quatro argolas para os quatro cantos da grelha de cobre, para nelas se meterem os varais.
- De madeira de acácia fez os varais, e cobriu-os de cobre.
- Meteu os varais nas argolas de um e outro lado do altar, para com elas se levar ele; oco e de tábuas o fez.
- De cobre fez o lavatório, e a sua base, dos espelhos das mulheres que se reuniam para ministrarem, à entrada da tenda da revelação.
- Fez também o átrio. Para o lado meridional que olha para o sul as cortinas eram de linho fino retorcido, de cem cúbitos de comprimento;
- as suas colunas eram vinte, e as suas bases vinte, de cobre; os ganchos das colunas, e as vergas, eram de prata.
- Igualmente para o lado do norte eram as cortinas de cem cúbitos de comprimento, e eram vinte as suas colunas e vinte as suas bases, de cobre; os ganchos das colunas, e as vergas, eram de prata.
- Para o lado oriental eram as cortinas de cinquenta cúbitos, e eram dez as suas colunas e dez as suas bases; os ganchos das colunas, e as vergas, eram de prata.
- Para o lado oriental que olha para o nascente eram as cortinas de cinquenta cúbitos.
- As cortinas para um lado da entrada eram de quinze cúbitos; as suas colunas eram três e as suas bases três.
- Do mesmo modo para o outro lado: de um e de outro lado da entrada do átrio eram as cortinas de quinze cúbitos; as suas colunas eram três e as suas bases três.
- Todas as cortinas ao redor do átrio eram de linho fino retorcido.
- As bases para as colunas eram de cobre; os ganchos das colunas, e as vergas, eram de prata; os seus capitéis eram revestidos de prata; e todas as colunas do átrio tinham vergas de prata.
- O anteparo para a entrada do átrio era de estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido, obra de bordador; o comprimento era de vinte cúbitos, e a altura na largura era de cinco cúbitos, segundo a medida das cortinas do átrio.
- As suas colunas eram quatro, e as suas bases quatro, de cobre; os seus ganchos eram de prata, e o revestimento dos seus capitéis, e as vergas, de prata.
- Todos os pregos do tabernáculo, e do átrio em roda de cobre.
- Esta é a soma das coisas para o tabernáculo, a saber, o tabernáculo do testemunho, conforme elas, por ordem de Moisés, foram contadas para o serviço dos levitas, por intermédio de Itamar, filho do sacerdote Arão.
- Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, fez tudo o que Jeová ordenou a Moisés.
- Com ele era Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, gravador, desenhista e bordador em estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino.
- Todo o ouro que foi gasto para a obra em toda a obra do santuário, a saber, o ouro da oferta, era vinte e nove talentos, e setecentos e trinta siclos, segundo o siclo do santuário.
- A prata dos arrolados da congregação eram cem talentos, e mil e setecentos e cinco siclos, conforme o siclo do santuário:
- um beca por cabeça, isto é, meio siclo segundo o siclo do santuário, de todo o homem de vinte anos e daí para cima que passou para os arrolados que foram seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta.
- Empregaram-se os cem talentos de prata para fundir as bases do santuário e as bases do véu; para as cem bases cem talentos, para cada base um talento.
- Dos mil e setecentos e setenta e cinco siclos fez os ganchos para as colunas, cobriu os seus capitéis, e fez-lhes as vergas.
- O cobre da oferta era setenta talentos, e dois mil e quatrocentos siclos.
- Dele fez as bases para a entrada da tenda da revelação, e o altar de cobre, e a sua grelha de cobre e todos os utensílios do altar,
- e as bases do átrio em roda, e as bases da porta do átrio, e todos os pregos do tabernáculo, e todos os pregos do átrio em roda.
- Fizeram também de estofo azul, púrpura e escarlata os vestidos finamente tecidos, para ministrar no santo lugar, e fizeram os vestidos sagrados para Arão; como Jeová ordenou a Moisés.
- De ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido fez o éfode.
- De ouro batido fizeram lâminas delgadas, que cortaram em fios, para entretecer entre o estofo azul, a púrpura, a escarlata e o linho, obra de desenhista.
- Fizeram-lhe suspensórios que o uniam; e assim foi ele unido pelas duas extremidades.
- O cinto primorosamente tecido, que estava sobre o éfode, com que cingi-lo, formava com ele uma só peça e de obra semelhante; de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Prepararam-se as pedras de ônix, engastadas em ouro, lavradas como as gravuras de um selo, segundo os nomes dos filhos de Israel.
- Pô-las sobre os suspensórios do éfode, para que servissem de pedras de memorial para os filhos de Israel; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Fez também o peitoral, obra de desenhista, de obra semelhante a do éfode; de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido.
- Era quadrado; duplo fizeram o peitoral: de um palmo era o seu comprimento, e de um palmo a sua largura; e era ele duplo.
- Puseram nele quatro fileiras de pedras. Uma fileira de sárdio, de topázio e de carbúnculo era a primeira;
- e a segunda fileira era uma esmeralda, uma safira e um diamante;
- e a terceira fileira, um jacinto, uma ágata, e uma ametista;
- e a quarta fileira, um berilo, um ônix e um jaspe. Elas eram guarnecidas de ouro nos seus engastes.
- Havia doze pedras conforme os nomes de Israel; elas eram gravadas como selos, cada uma com o nome de uma das doze tribos.
- Sobre o peitoral fizeram cadeias como cordas, de obra trançada de ouro puro.
- Fizeram dois engastes de ouro, e duas argolas de ouro, e puseram as duas argolas nas duas extremidades do peitoral.
- Meteram as duas cadeias de obra trançada de ouro nas duas argolas às extremidades do peitoral.
- As outras duas pontas das duas cadeias de obra trançada meteram nos dois engastes, e as puseram sobre os suspensórios do éfode pelo lado de fora.
- Fizeram também duas argolas de ouro, e as puseram nas duas extremidades do peitoral, na sua orla interior, oposta ao éfode.
- Fizeram outras duas argolas de ouro, e puseram-nas sobre os dois suspensórios do éfode do lado debaixo, na parte dianteira dele, junto à costura, acima do cinto primorosamente tecido do éfode.
- Com as suas argolas uniram o peitoral às argolas do éfode por uma fita azul, de modo que ficasse sobre o cinto primorosamente tecido do éfode, e que o peitoral não se separasse do éfode: conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Fez também o manto do éfode, de obra trançada, todo de estofo azul;
- e a abertura no meio do manto, debruada como a abertura de uma saia de malha, para que não se rompesse.
- Na orla do manto fizeram romãs de estofo azul, púrpura, escarlata e linho retorcido.
- Fizeram campainhas de ouro puro e colocaram-nas por entre as romãs em toda a orla do manto;
- uma campainha e uma romã e outra campainha e outra romã em toda a orla do manto, para se usar ao ministrar, conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Fizeram também as túnicas de linho fino, de obra tecida, para Arão e para seus filhos,
- e a mitra de linho fino e as tiaras formosas de linho fino e os calções de linho fino retorcido,
- e o cinto de linho fino retorcido, e de estofo azul, e de púrpura e de escarlata, obra de bordador; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Fizeram de ouro fino a lâmina de coroa sagrada, e nela inscreveram, como gravuras de um selo, SANTIDADE A JEOVÁ.
- A ela ataram uma fita azul, para prender a lâmina à parte superior da mitra; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Assim se acabou toda a obra do tabernáculo da tenda da revelação; e os filhos de Israel fizeram conforme tudo o que Jeová ordenou a Moisés; assim fizeram.
- Trouxeram a Moisés o tabernáculo, a tenda, e todos os seus móveis, os seus ganchos, as suas peças, os seus varais, as suas colunas e as suas bases;
- a coberta de peles de carneiros tintas de vermelho, e a coberta de animais marinhos, e o véu do anteparo;
- a arca do testemunho e os seus varais, e o propiciatório;
- a mesa e todos os seus utensílios, e os pães da proposição;
- o candeeiro puro e as suas lâmpadas, a saber, as lâmpadas que se haviam de conservar em ordem, e todos os seus utensílios, e o azeite para a luz;
- o altar de ouro, e o óleo da unção, e o incenso aromático, e o anteparo para a entrada da tenda;
- o altar de cobre e a sua grelha de cobre, e os seus varais, e todos os seus utensílios, o lavatório e a sua base;
- as cortinas do átrio, as suas colunas e as suas bases, e o anteparo para a porta do átrio, as suas cordas e os seus pregos, e todos os utensílios do serviço do tabernáculo para a tenda da revelação;
- os vestidos finamente tecidos para se usarem ao ministrar no santo lugar, e os vestidos sagrados para o sacerdote Arão, e os vestidos de seus filhos, quando se empregarem no ofício sacerdotal.
- Conforme tudo o que Jeová ordenou a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel toda a obra.
- Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que eles a tinham feito, conforme Jeová ordenara. Assim a tinham feito, e Moisés os abençoou.
- Depois disse Jeová a Moisés:
- No primeiro mês, no primeiro dia do mês, levantarás o tabernáculo da tenda da revelação.
- Porás nele a arca do testemunho, e deixarás cair o véu diante dela.
- Meterás nele a mesa e porás por ordem as coisas que estão sobre ela; meterás nele também o candeeiro, e acenderás as suas lâmpadas.
- Colocarás o altar de ouro para o incenso diante da arca do testemunho, e pendurarás o anteparo da entrada do tabernáculo.
- Porás o altar do holocausto diante da entrada do tabernáculo da tenda da revelação.
- Porás também o lavatório entre a tenda da revelação e o altar, e o encherás de água.
- Com as cortinas farás o átrio em roda, e pendurarás o anteparo da porta do átrio.
- Tomando o óleo da unção, ungirás o tabernáculo, e tudo o que nele está, e o santificarás a ele e a todos os seus móveis; e será santo.
- Ungirás o altar do holocausto e todos os seus utensílios, e santificarás o altar; o altar será santíssimo.
- Ungirás o lavatório e a sua base, e o santificarás.
- Farás chegar Arão e seu filho à entrada da tenda da revelação, e os lavarás com água.
- Vestirás a Arão dos vestidos sagrados, e o ungirás, e o santificarás, para que me sirva no ofício sacerdotal.
- Farás também chegar seus filhos, e os vestirás de túnicas,
- e os ungirás, como ungiste a seu pai, para que me sirvam no ofício sacerdotal; sua unção lhes será por um sacerdócio perpétuo nas suas gerações.
- Fez Moisés segundo tudo o que Jeová lhe ordenou; assim o fez.
- No primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, foi levantado o tabernáculo.
- Moisés levantou o tabernáculo, e pôs suas bases, e armou as suas peças, e nelas meteu os seus varais, e assentou as suas colunas.
- Estendeu a tenda por cima do tabernáculo, e pôs a coberta da tenda por cima; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Tomando o testemunho, pô-lo na arca, e meteu os varais na arca, e pôs o propiciatório em cima da arca.
- Introduziu a arca no tabernáculo, e pendurou o véu do anteparo, e com ele cobriu a arca do testemunho; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Pôs também a mesa na tenda da revelação, ao lado do tabernáculo para o norte, fora do véu.
- Sobre ela pôs em ordem os pães da proposição de Jeová; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Na tenda da revelação pôs o candeeiro defronte da mesa, ao lado do tabernáculo para o sul.
- Acendeu as lâmpadas diante de Jeová; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Pôs o altar de ouro na tenda da revelação diante do véu,
- e sobre ele queimou incenso aromático; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Pôs o anteparo à entrada do tabernáculo.
- Colocou o altar do holocausto à entrada do tabernáculo da tenda da revelação, e ofereceu sobre ele o holocausto e a oferta de cereais; conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Pôs o lavatório entre a tenda da revelação e o altar, e o encheu de água, para se lavar.
- Junto dele lavaram Moisés e Arão e seus filhos as mãos e os pés;
- quando entravam na tenda da revelação, e quando se chegava ao altar, lavavam-se, conforme Jeová ordenou a Moisés.
- Erigiu o átrio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou o anteparo da porta do átrio. Assim acabou Moisés a obra.
- Então a nuvem cobriu a tenda da revelação, e a glória de Jeová encheu o tabernáculo.
- Moisés não podia entrar na tenda da revelação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória de Jeová enchia o tabernáculo.
- Quando de sobre o tabernáculo se levantava a nuvem, os filhos de Israel iam adiante, em todas as suas jornadas;
- porém se não se levantava a nuvem, não caminhavam até o dia em que se levantava.
- De dia repousava a nuvem de Jeová sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo nele, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
Sumário do Livro Êxodo